Para incentivar a compostagem e reduzir o lixo e as emissões, a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, começou um programa de compostagem obrigatória em abril. Todos os moradores do município agora são obrigados a separar os resíduos orgânicos e depositá-los na compostagem de calçada, que depois é redirecionada para um sistema de compostagem separado. 

A medida visa reduzir a quantidade de lixo destinado a aterros sanitários e também as emissões de gases de efeito estufa geradas por ele. Conforme o programa municipal, os moradores devem depositar o lixo orgânico já como compostagem na calçada, que é coletada no mesmo dia pelo serviço de saneamento da cidade.

Restos de alimentos e resíduos de jardim, bem como outros materiais orgânicos são separados em lixeiras marrons fornecidas pela prefeitura. Mas também podem ser armazenados recipientes próprios, desde que estejam identificados e que tenham capacidade máxima de 200 litros.

Conscientização

A ideia do Departamento de Saneamento da cidade é que o programa seja simples e acessível para todos os nova-iorquinos. A nova regra é uma política bem vista na cidade, mas há um debate em relação ao caráter educativo ou punitivo da lei. No primeiro mês de implementação as multas dividiram opiniões, pois apenas na primeira semana foram emitidas mais de 2 mil advertências.

As multas são aplicadas num valor entre US$ 25 e US$ 100 para donos de imóveis com até oito unidades residenciais e US$ 300 para donos de prédios maiores em caso de reincidência. Mesmo moradores que apoiam a lei de compostagem estão preocupados de que ao invés de haver conscientização o município se ocupe de punir.

Impacto inicial

Com apenas um mês de implementação, a cidade já colhe os resultados do programa de compostagem. O impacto inicial mostrou que a coleta de material compostável no início de abril atingiu 2,5 milhões de libras, um salto expressivo em comparação com as 737 mil libras recolhidas no mesmo período do ano anterior.

O material coletado está sendo em parte transformado em biogás. Para alguns críticos, a ideia é um ponto negativo da lei, pois é um processo que gera emissões e resíduos que acabam sendo destinados para aterros. Outras partes do material são destinados à Unidade de Compostagem de Staten Island e para centros de compostagem localizados fora do estado.

*Texto do CicloVivo com alterações

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 06 – Água limpa e saneamento.

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