A estreia de PC Gusmão deu um ânimo diferente ao Atlético, que venceu o Ceará fora de casa na sexta-feira, mas a primeira discordância já apareceu um dia depois. O treinador PC Gusmão antecipou a contratação e agendou para o domingo, às 22h, o que não agradou os jogadores e o capitão Márcio. O goleiro procurou o técnico para tentar alterar isso, mas teve o pedido negado, e sua presença na partida contra o Bragantino, nesta terça-feira, às 21h50, no Serra Dourada, seria dúvida.

Seria, porque o goleiro foi o primeiro a chegar na concentração neste domingo, às 19h, e participou do treinamento na manhã desta segunda-feira normalmente. A alegação de Márcio para o pedido teria sido pela longa viagem que a equipe fez na última semana, deixando Goiânia na segunda-feira e só voltando no sábado, e já tendo viagem marcada na quarta-feira para Recife, onde enfrente o Sport na sexta-feira. O atacante Ricardo Jesus explicou que a concentração é mesmo desgastante para um atleta.

“Acho que a maioria dos jogadores não gostam de concentração. Claro que é uma coisa necessária no futebol, poucos clubes no mundo não concentram para jogar O caso do Márcio é um caso particular, não sei qual o problema dele, tem os motivos dele, mas é muito difícil ficar longe da família, ficar longe dos filhos, ontem até foi um dia especial para a gente que é pai. Mas, tem momentos que é necessário, é complicado, mas necessário sim”, explicou Ricardo Jesus.

O diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, confirmou a informação que Márcio pediu, em nome do grupo, para a concentração se iniciar na segunda-feira, mas garantiu que nenhum clima tenso foi criado pelo não atendimento, pois tudo foi pensado para o bem do clube. Aliás, Adson destacou que isso é mais uma informação de alguém que quer atrapalhar o ambiente, algo que acontece em todos os clubes.

“Fico até surpreso, porque as notícias aqui no Atlético, quando perde, as proporções são faraónicas, e quando ganha, também criam-se situações onde não existe nada. Todo clube tem aquelas pessoas que vivem passando informações, pessoas que não tem muita credibilidade e às vezes, querem ficar bem com os veículos de imprensa. Aí, naturalmente, criam situações, que são corriqueiras no dia a dia do clube, de maneira errônea e traz desgastes desnecessários”