O programa Conexão Sagres #2 traz os principais fatos em Goiás e no Brasil sobre os cenários políticos, da economia e da saúde envolvendo a pandemia do novo coronavírus. Para entender melhor, quanto você nos ouve no Sound Cloud, o Sagres On faz uma retrospectiva da semana no estado, no Brasil e no mundo.
A semana em Goiás começou com notícia de que o governador Ronaldo Caiado anunciou a redução do duodécimo dos deputados estaduais, após reunião na sexta-feira (20) no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, com representantes dos demais poderes (Assembleia Legislativa e Tribunal de Justiça) e com os órgãos autônomos (Ministério Público, Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e a Defensoria Pública) para discutir o impacto da paralisação das atividades econômicas na arrecadação do Estado.
A Secretaria de Economia tem uma estimativa otimista de queda de 20% na receita nos próximos três meses, o que significaria perda de aproximadamente R$ 4 bilhões nos cofres do Tesouro em 2020. O governo disse que fará o pagamento do mês de março, mas admitiu que terá dificuldades para honrar a folha de abril.
Entre as medidas discutidas por conta da pandemia esteve o transporte coletivo. O governo disse que o serviço não poderia parar, por ser essencial, e a CMTC informou então que os ônibus seguiriam circulando e atendendo à população, mas com redução de passageiros em cada veículo, para evitar a disseminação do coronavírus. Enquanto isso, o prefeito Iris Rezende assinava decreto declarando calamidade pública na capital. Também na segunda-feira (23), iniciava a campanha nacional de vacinação contra a Influenza para idosos e servidores da Saúde. O dia encerrou com 23 casos confirmados de covid-19 em Goiás, e nenhuma morte no estado.
Pronunciamento no Planalto
Na terça-feira (24), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer Vieira (PSB), disse à Sagresdisse à Sagres que iria propor, em reunião dos representantes dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e dos órgãos autônomos (Ministério Público, Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e Defensoria Pública), negociação com servidores para redução dos salários dos servidores até o final de 2020. No mesmo dia, a GoiásFomento anuncia linha de crédito para empresas enfrentarem período de crise, causada pela pandemia de covid-19. Na Câmara Municipal de Goiânia, vereadores aprovam decreto de calamidade pública enviado pelo prefeito Iris Rezende.
Ainda na terça-feira (24), a Sagres noticiou que governadores consideraram insuficiente a ajuda anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos Estado em razão da crise. “A receita que serviu para o Norte e Nordeste, que foi a recomposição do repasse do Fundo de Participação dos Estados não resolve a situação do Centro-Oeste”, afirmou Ronaldo Caiado em vídeo divulgado por sua assessoria logo após a reunião por videoconferência entre os governadores do Centro-Oeste, o presidente Bolsonaro, o vice-presidente, Hamilton Mourão, além de assessores da Presidência da República naquela manhã. O pacote anunciado no dia anterior pelo governo federal contra o coronavírus soma R$ 88,2 bilhões e inclui medidas como a suspensão da dívida com a União e bancos públicos, além de repasses para gastos com a saúde. Na tarde de terça (24), o chefe do Executivo nacional fez um pronunciamento na TV aberta pedindo a reabertura das escolas e do comércio. Goiás finalizaria o dia com 27 casos confirmados do novo coronavírus.
O dia do rompimento
Na quarta-feira (25), em entrevista à Sagres, o procurador-geral de Justiça, Aylton Flávio Vechi, fez um apelo à população para ficar em casa, e que as pessoas devem ouvir as autoridades sanitárias, em especial as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em coletiva no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o governador Ronaldo Caiado disse que seu decreto de isolamento social continua valendo em Goiás e que ele saberá o momento de flexibilizar as medidas. “Com autoridade de governador e juramento de médico para dizer que a decisão do presidente da República em relação ao coronavírus não alcançam Goiás”. O democrata rompia naquele momento com o governo de Jair Bolsonaro.
Por conta da pandemia, o prefeito Gustavo Mendanha (MDB), que teve a primeira parta da licença encerrada na quarta-feira (25), teve o afastamento estendido por mais 15 dias. O emedebista se recupera em casa de uma trombose venosa cerebral, sofrida em fevereiro. Em Trindade, o prefeito Jânio Darrot, em entrevista à Sagres, disse acreditar que a Festa do Divino Pai Eterno, pode ser cancelada por conta da covid-19. Na Câmara de Vereadores de Goiânia, parlamentares sugeriram adiamento das eleições municipais de 2020. Goiás já registrava 29 casos do novo coronavírus. Em todo o Brasil, 57 mortes.
Primeira morte em Goiás
O número de casos de coronavírus em Goiás subiria para 35 na manhã de quinta-feira (26). No mesmo dia, o estado registraria a primeira morte. Uma idosa de 66 anos, de Luziânia, foi encaminhada de madrugada para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT) na capital, mas acabou não resistindo. O mundo anunciava 18.440 óbitos pelo mesmo motivo. O governo de Goiás abria o Hospital de Campanha para Enfrentamento do Coronavírus (HCamp), em Goiânia. O primeiro paciente da unidade seria um idoso de 72 anos, esposo da primeira vítima fatal pela covid-19 em território goiano.
Na política, deputados estaduais realizavam a primeira sessão remota, aprovando decreto de calamidade em Goiás. No Manhã Sagres, o deputado federal e líder do presidente da República na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO) afirmou que irá atuar como ‘Bombeiro’ na relação Caiado-Bolsonaro. O chefe do Executivo nacional diria mais tarde que é apaixonado pelo governador goiano, mas voltaria a se referir ao vírus mundial com uma ‘gripe’. À noite, o governo de Goiás divulgou decreto flexibilizando o funcionamento de borracharias, além de restaurantes em rodovias.
Primeiro caso em Goianésia e protestos de motoristas
Na sexta-feira (27), o secretário municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh) de Goiânia, Henrique Alves, disse à Sagres que comércios que funcionarem irregularmente na capital poderiam ser multados. No mesmo dia, subiria para 49 o número de casos confirmados de covid-19 em Goiás, e Goianésia registraria o primeiro paciente infectado como o novo coronavírus. Nas redes sociais, motoristas demitidos divulgaram vídeo no qual protestam contra o governador Ronaldo Caiado (DEM), responsabilizando o democrata pela demissão em massa na HP Transportes.
PodFalar #82
No sábado (28), a edição de número 82 do PodFalar, com Cileide Alves e Rubens Salomão, fez uma retrospectiva da relação entre Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro, do apoio incondicional na campanha eleitoral de 2018 ao rompimento do ‘namoro’ nesta semana. Goiás anunciava o 56º caso confirmado de coronavírus. No Rio de Janeiro, a Justiça determinava a suspensão da campanha ‘O Brasil Não Pode Parar’, do presidente da República, que prega a continuidade das atividades no comércio e na indústria, e o isolamento social apenas para idosos e representantes do grupo de risco da covid-19. O Sagres Internacional #62 analisou a realidade mundial do coronavírus, e os Estados Unidos como novo epicentro da doença.
O resumo dos principais acontecimentos em Goiás, no Brasil e no Mundo, você acompanha na segunda edição do Conexão Sagres, que tem a apresentação de Letícia Martins e Vinícius Tondolo.
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