No programa Tom Maior de segunda-feira (28), a conversa girou em torno da literatura, e quem conduziu a pauta foi a escritora Arlene, que compartilhou detalhes sobre sua trajetória, motivações e o lançamento de seu novo livro, A Música das Nuvens. A autora, que escreve ficção cristã, falou sobre como a escrita sempre esteve presente em sua vida e como seus valores moldam suas histórias.
“Desde criança, eu gostava muito de escrever. Era um passatempo para mim”, contou Arlene. A paixão foi se intensificando com os anos. Durante a adolescência, os blogs foram sua principal vitrine. “Na adolescência, a gente tinha os blogs, e eu escrevia bastante lá. Mas escrever um livro parecia algo impossível.”
A virada veio aos 19 anos, quando decidiu que era hora de transformar ideias em algo maior. Dois anos depois, publicou seu primeiro livro. “Eu queria escrever uma história que a Arlene de 15 anos tivesse lido e se aproximado de Deus”, disse, revelando a base da sua motivação literária.
Seu mais recente lançamento, A Música das Nuvens, acompanha a jovem Alissa Venâncio, que se muda com a família para um condomínio de luxo no litoral, após o pai assumir o cargo de caseiro e a mãe, de empregada doméstica. Lá, ela vive os conflitos de uma nova realidade, marcada por desigualdade social, regras rígidas e descobertas pessoais. “O livro trata de desigualdade social, sonhos interrompidos, dilemas familiares”, explica Arlene. A inspiração surgiu de uma ideia guardada e também de vivências compartilhadas por uma amiga que cresceu em uma condição semelhante à da personagem.
A obra, embora enraizada na fé cristã, busca dialogar com leitores de diferentes origens. “Mesmo que a pessoa não seja cristã, ela vai poder também aproveitar desses valores universais que o livro traz. A literatura, em primeiro lugar, tem o objetivo de entreter e refletir”, defende a autora.
Arlene também destacou a importância de tratar temas densos com sensibilidade. Questões como bullying, exposição na internet e humilhação são abordadas com o objetivo de inspirar empatia e promover reflexões. “Quero que os leitores acreditem em recomeços. Uma palavra que define bem essa história é recomeço”, afirmou.
Por fim, a escritora ressaltou o papel transformador da literatura na vida dos jovens. “O livro te ajuda em várias áreas da vida, não só na escola. Ele gera empatia, amplia a nossa visão de mundo, e é um entretenimento saudável num mundo dominado por telas”, afirmou.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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