Ecoponto no Jardim Guanabara foi inaugurado em 2018 (Foto: Divulgação)
Na véspera do Dia da Consciência Ecológica, a Sagres trouxe para a mesa do Debate Super Sábado a situação hídrica da região metropolitana, o descarte irregular de lixo e a utilização do ecoponto em Goiânia.
Para o integrante do grupo Guardiões do Meia Ponte, Eduardo Nozella, os Ecopontos precisam ser construídos em locais estratégicos da capital, onde o descarte irregular de resíduos já é realizado.
“Os Guardiões, junto com alguns vereadores, vão tentar no ano que vem a possibilidade, e também já existe um projeto na Prefeitura, de aumentar os números de ecopontos, e mostrar para a população que aquilo não é um lixão”, defende.
Só no ano passado, de acordo com a Prefeitura, em seis meses de funcionamento, o Ecoponto do Jardim Guanabara recebeu 600 toneladas de resíduos. Em 2019, em nove meses, o número chegou a 1,4 mil toneladas.
A bióloga da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA), Wanessa de Castro, explica que a capital goiana já possui uma nova unidade sendo concluída no Setor Faiçalville, em um local em que já ocorria o descarte de resíduos, e outros três ainda devem ser implantados.
“Os projetos abrangem todas as regiões de Goiânia. A gerência de Resíduos listou os locais mais críticos de descarte, principalmente perto de APPs (Áreas de Preservação Permanente), justamente onde tem nascentes”, esclarece.
Meia Ponte
Em julho, a AMMA identificou 32 locais de descarte irregular de lixo na capital. Situação que preocupa os Guardiões do Meia Ponte em relação ao destino de todo esse material, principalmente por conta do período chuvoso.
O também integrante do grupo, Ernesto Augustus, relata que o acúmulo de lixo e o longo período de estiagem fazem com que o Meia Ponte emita sinais de alerta para o ano de 2020.
“A chuva começou tardiamente, e talvez no ano que vem a gente possa vir a ter problema por falta de água, ou um rio muito baixo. Em 2017, fiz uma expedição e Inhumas até Goiânia, por dentro do rio. Foi o ano em que o rio ficou mais crítico. Chegou a 0,8 metros cúbicos por segundo, o que são 800 litros de água por segundo, aproximadamente. E naquela época nem se falava em racionamento, apesar que, não oficialmente, o racionamento existia”, afirma.
Em consulta na noite desta sexta-feira (20) no tempo real da página da Saneago, o Rio Meia Ponte apresentava vazão acima de 15,4 mil litros por segundo, bem acima do nível crítico registrado nos meses de agosto, setembro e outubro.
De acordo com o grupo, a bacia do Meia Ponte atende, só na região metropolitana de Goiânia, 20 municípios e 1,3 milhões de habitantes. São 472 quilômetros de extensão, em uma área correspondente a 13 mil metros quadrados, ocupando 5% do território do estado, com nascente Itauçu, na região central, e foz na divisa entre Goiás e Minas Gerais.
Cata-Treco da Comurg: (62) 3524-8555
AMMA Goiânia: 161
Ecoponto Jardim Guanabara: (62) 3524-8569
Wanessa de Castro (AMMA), Eduardo Nozella e Ernesto Augustus (Guardiões do Meia Ponte) no Debate Super Sábado (21) desta semana (Fotos: Johann Germano/Sagres On)
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