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Resíduos têm se tornado um grande problema mundial, em especial, o resíduo orgânico  gerado diariamente em grande quantidade pelos municípios. Queimá-los em condições inadequadas causam danos à saúde e ao meio ambiente, devidos aos gases tóxicos.

Felizmente, isso vem mudando. O processamento de resíduos sólidos via combustão, por meio de tecnologias modernas, é uma solução eficaz que dá destinação correta ao lixo e ainda gera energia limpa. É uma resposta a um problema mundial que está sendo encarado e resolvido.

Geração de energia limpa via processamento de resíduo sólido é alternativa economicamente viável e, ao redor do planeta, já se observa uma forte tendência para adoção desse tipo de solução. A combustão com geração de energia elétrica já vem prevalecendo sobre a destinação do lixo em aterros e reciclagem, em vários países. A Dinamarca, por exemplo, incinera 90%; o Japão, 72%; Suíça, 59%; França, 42% e Alemanha 36% dos resíduos sólidos municipais.

Aqui no Brasil, a tecnologia VORAX avança nessa direção. A sua patente – a primeira Patente Verde brasileira, reconhecida em mais de 30 países – atesta um processo envolvendo uma combustão a partir de uma pirólise que se dá a 15800C, passa por uma gaseificação, e finaliza com uma combustão completa desses produtos gasosos.

Os subprodutos sólidos resultantes desse processo, por sua vez, saem do reator no estado líquido e ao se solidificarem novamente formam uma matriz de valor comercial. Isto porque os metais são reaproveitáveis e os orgânicos e óxidos formam uma matriz cerâmica com propriedades próximas a da brita, podendo ser usada como carga de concreto ou asfalto.

Deste modo, a tecnologia VORAX é atraente para resolver um gargalo nacional: a construção de usinas termoelétricas a partir de queima de biomassa ou Combustível Derivado de Resíduo (CDR), ou mesmo CDP – Combustível Derivado de Pneus, uma vez que no Brasil já se dominam as tecnologias de caldeira e de turbinas a vapor.

O domínio dessa tecnologia, portanto, é fundamental e estratégico para o futuro dos municípios brasileiros: o de solucionar o problema do lixo de forma eficaz com geração de energia limpa. O reator Vorax deve romper paradigmas, convertendo lixo em energia limpa para o Brasil, quem sabe para o mundo, tendo em vista suas vantagens competitivas.

Alberto Carlos Pereira Filho é o inventor da patente do processo VORAX, reconhecida em mais de 30 países.