O governo federal apresentou uma nova proposta de reajuste salarial para professores de universidades e institutos federais. O aumento poderá chegar a 31% até 2026, mas só começa a ser pago, caso a proposta seja alvo de acordo, a partir do ano que vem. Os valores tiveram detalhamento em reunião entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) e o Ministério da Gestão nesta quarta-feira (15).
O comando nacional de greve do sindicato ainda vai discutir a nova proposta internamente. Portanto, ainda não há previsão de uma resposta ao governo. A oferta feita aos docentes é superior ao que foi apresentado na negociação de abril, quando o governo prometeu um reajuste para a categoria que variaria entre 12,8% e 16,1% até 2026, a depender do cargo ocupado pelo servidor.
Dessa vez, a nova proposta prevê uma variação entre 13,3% e 31%. “Uma boa proposta para os trabalhadores e trabalhadoras da educação”, segundo o secretário de relações de trabalho do Ministério da Gestão, Jose Lopez Feijóo. O comando nacional de greve do ANDES-SN informou que ainda vai debater o assunto e vai preparar as orientações às seções sindicais. “A rodada de assembleias para discussão da proposta deve acontecer nos próximos dias”, declarou em nota.
Nova proposta
“Se nós considerarmos o reajuste a todos os servidores e servidoras públicos federais em 2023, de 9%. Significa que o reajuste agora acumulará em quatro anos entre 23% a 43%. Portanto, não só a recomposição de toda a inflação para este mandato do governo Lula, que é de 15%, mas uma importante recuperação de perdas dos governos anteriores. Que sequer recebiam os trabalhadores e trabalhadoras para qualquer tipo de diálogo ou de negociação”, argumentou Feijóo.
Benefícios
Feijóo também lembrou que, para 2024, o governo chegou a um acordo numa negociação ampla com servidores de todas as categorias. O acordo elevou a novos valores de benefícios.
Detalhe
O reajuste foi de 52% no auxílio-alimentação dos servidores públicos federais. Com o valor passando de R$ 658 para R$ 1 mil a partir de 1º de junho. Houve ainda aumento no auxílio saúde, de R$144,38 para cerca de R$ 215. E o auxílio-creche passa de R$ 321 para R$ 484,90.
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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.