O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva aceitou convite e deve comparecer à COP27, realizada no Egito, em Sharm El Sheikh, até o dia 18 de novembro de 2022. Em entrevista à Sagres, o professor de Relações Internacionais Ricardo Caichiolo analisou esse comparecimento do futuro presidente como uma retomada do Brasil na questão ambiental.

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“O que se espera na COP27 é a presença do presidente Lula trazendo consigo um respaldo de uma política muito bem sucedida nos seus dois governos anteriores. O que é representativo é que ao lado dele, estará a Marina Silva, uma ex-ministra do Meio Ambiente, reconhecida internacionalmente”, disse.

Essa mudança, segundo o professor, poderá ser observada diante do tom adotado pelo governo de Jair Bolsonaro nos últimos quatro anos. “O posicionamento do governo foi no sentido de trazer dificuldades para o setor ambiental, favorecendo medidas que colaboraram para o desmatamento, para que não houvesse muitas multas aplicadas, além de uma certa relutância em aplicar a legislação existente”, declarou.

Apesar da mudança de discurso beneficiar o futuro governo, Ricardo fez questão de ressaltar que a tarefa é bastante complicada. Para o professor, as metas postas pela COP27 encontram dificuldades para a realização, diante de acontecimentos como a guerra na Ucrânia e a pandemia da Covid-19.

“Então há uma série de percalços que tornaram ainda mais difícil um projeto ambicioso de limitação dos Gases do Efeito Estufa (GEE) e da contenção do aumento da temperatura do planeta”, concluiu sobre o tema.

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