A Conferência do Clima da ONU (COP29) iniciou em 11 de novembro de 2024, em Baku, Azerbaijão, destacando a urgência de ações globais para mitigar as mudanças climáticas, em um cenário de aquecimento recorde. Sob impacto da vitória de Donald Trump nos EUA, a reunião foi marcada pelo alerta do presidente da COP29, Mukhtar Babaiev: “Estamos nos encaminhando para a ruína. A mudança climática já está aqui”. A declaração reflete a preocupação com o avanço do aquecimento global e a falta de comprometimento de algumas nações.

A possibilidade dos EUA, segundo maior emissor de gases do efeito estufa, abandonarem o Acordo de Paris – como Trump fez em seu primeiro mandato – traz incertezas sobre a cooperação internacional. Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, ressaltou que a conferência precisa mostrar que a colaboração global “não está em ponto morto”.

Outro ponto crítico das negociações envolve o financiamento climático. Desde a COP15 em 2009, os países ricos prometeram US$ 100 bilhões anuais para ajudar as nações mais vulneráveis, valor que agora, segundo especialistas, deveria ser dez vezes maior. A questão é complexa, com países como EUA e UE pressionando a China, maior emissora global, a também contribuir.

No contexto de conflitos internacionais e desafios econômicos, a COP29 enfrenta obstáculos para manter as ambições do Acordo de Paris. Segundo a OMM, as metas de limitar o aquecimento a 1,5°C estão em risco, especialmente com os impactos extremos das mudanças climáticas já visíveis em todo o mundo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima

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