Às vésperas da 29° Conferência Climática da Organização das Nações Unidas (COP 29) o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia afirmou que tudo indica que 2024 será o ano mais quente já registrado no mundo: “é praticamente certo”.
A informação divulgada na quinta-feira (7) informa que o fato histórico do ano passado será deixado para trás já neste ano, pois 2023 foi o ano mais quente já registrado em toda a história do mundo. A projeção ocorre porque o serviço registrou temperatura média global muito alta entre janeiro e outubro, com a quebra em sequência do recorde mensal.
Portanto, a única forma de 2024 não superar 2023 é que a anomalia de temperatura já registrada ao longo de todo o ano caia para quase zero entre novembro e dezembro.
Mudanças climáticas
O diretor do Copernicus, Carlos Buontempo, disse à Reuters que o clima está esquentando em todos os continentes e bacias oceânicas e informou ainda que o mundo está fadado a ver todos os recordes de temperaturas sendo quebrados.
“A causa fundamental e subjacente do recorde deste ano é a mudança climática”, contou. “O clima está esquentando, de modo geral”, acrescentou.
Este ano, o planeta irá superar a marca de 1,5°C mais quente desde o período pré-industrial de 1850-1900. Todas as medições começam nesta época porque foi quando os seres humanos começaram a queimar industrialmente combustíveis fósseis.
Combustíveis fósseis
A primeira regulação global para conter o aumento da temperatura em relação aos combustíveis fósseis é o Acordo de Paris, firmado na conferência de 2015. De maneira geral, os cientistas dizem que as metas do compromisso estão lentas e pedem o avanço de mais acordos em relação a eliminação do uso de combustíveis fósseis.
A eliminação é um ponto crucial das COPs porque a pauta não é interesse dos países, ao menos não com essa palavra. Então, a transição energética ocorre de maneira lenta e, por falta de financiamento, também é desigual.
Mesmo assim, a cientista de Zurich, Sonia Seneviratne, reforçou que os governos devem chegar a um forte acordo de retirar suas economias dos combustíveis fósseis e baixar, assim, a emissão de CO2.
“Os limites estabelecidos no Acordo de Paris estão começando a desmoronar devido ao ritmo muito lento das ações climáticas em todo o mundo”, afirmou.
“Com informações da Reuters via Agência Brasil
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.
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