As instituições federais de ensino sofreram, na última semana com anúncio do Governo Federal, um corte na metade do orçamento anunciado. Nessa quinta-feira (09), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) revelou que as universidades federais perderão R$ 220 milhões do orçamento discriminado.

Para entender a respeito do corte e a situação para a Universidade Federal de Goiás (UFG), o Sagres Sinal Aberto II recebeu a reitora da instituição, Angelita Lima. De acordo com ela, somente para a UFG, houve uma redução de cerca de R$ 8 milhões.

“O governo anunciou, na semana do dia 27 de maio, bloqueio dos nossos recursos de 14,5%, que representava naquele momento mais de R$ 15 milhões do nosso orçamento de 2022. Na semana seguinte, houve desbloqueio de parte desse valor, que fica quase R$ 8 milhões. Desse recurso que está bloqueado, já foi retirado mais de 3% que não vai poder ser desbloqueado, ou seja, já retirou do orçamento do MEC”, revelou.

De acordo com a reitora Angelita Lima, o corte desorganiza e impede de seguir com o previsto planejado e demandado para funcionar plenamente a universidade. Além disso, ela citou impactos dessa redução.

“Interfere no recurso que já não tínhamos em 2022 para terminar o ano, que era pouco mais de R$ 60 milhões para pagar nossa manutenção, justamente no ano em que estamos retornando as atividades presenciais. Esse corte é uma gerência na gestão da universidade gravíssima, não à toa a Andifes iniciou a campanha contra o corte. O orçamento de 2022 era igual ao de 2019, que já era insuficiente. Então, se você considerar o processo inflacionário, menos os R$ 8 milhões cortados, estamos aquém das condições de funcionamento que estávamos em 2019”, argumentou.

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