Dizem que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas até em Copa do Mundo, é possível que ele caia duas vezes no mesmo grupo. A maior zebra da Copa do Mundo até o momento ganhou mais vida ainda: a Costa Rica, tida como mais fraca Seleção no “grupo da morte”, mostrou que está na posição de “serial killer” e venceu a tetracampeã mundial por 1 a 0, se classificando para as Oitavas de Final e, de quebra, eliminando a Inglaterra da Copa do Mundo.

O Jogo

Os italianos pareciam assustados desde os primeiros minutos de jogo, não só com a Costa Rica, mas também o calor de Recife, que marcava mais de 28 °C. Os costarriquenhos, como não tinham nada a ver com isso, foram pra cima. Aos seis,  Bolaños rolou para Tejeda, que tentou a finalização, mas o chute acabou travado e saiu pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, aos sete, Bolaños cobrou e Borges, sozinho, subiu na falha de Buffon, mas não conseguiu aproveitar.

Aliás, por falar em escanteios, eles também eram uma arma poderosa do time latino. Aos 16min, Bolaños cobrou um deles e Buffon quase se atrapalhou. A medida que o tempo passava e o calor aumentava, os italianos iam dando prova de que não aguentariam a pegada. Mesmo assim, tentavam ir na base da superação. Aos 27min, Balotelli ajeitou e Thiago Motta chegou batendo de primeira, de fora da área, mas a bola passou à direita.

O próprio Balotelli não conseguia achar os espaços, e em um raro momento que conseguiu, desperdiçou uma chance incrível. Foi aos 31min, quando o atacante tentou o toque por cobertura e a bola acabou indo sem direção e força. Na reta final do 1º tempo, quando os italianos já suplicavam o intervalo, a Costa Rica aproveitou.

Primeiro, aos 42min, Campbell recebeu e arrancou com força, cortou para a perna esquerda e quando ia bater, foi derrubado por Chiellini, de forma clara, mas o árbitro Enrique Osses nada marcou. A injustiça foi desfeita um minuto depois, aos 43, quando Díaz recebeu na esquerda e cruzou para Ruíz, na segunda trave, testar forte para o gol. A bola bateu no travessão, quicou dentro do gol e o juiz apitou para o centro do gol.

2º tempo

No recomeço da partida, o técnico Cesare Prandelli tentou dar mais força ofensiva e colocou Cassano no lugar de Thiago Motta. Logo aos cinco, o ímpeto italianos começou a ser demonstrado quando Darmian arriscou e Navas teve de tirar com a ponta dos dedos. Aos sete, foi a vez de Pirlo, em cobrança de falta, exigir o trabalho do goleiro costarriquenho. Só que o time latinho conseguiu sanar essa vontade italiana e começou a trocar passes, com direito a gritos de olé.

Enquanto Prandelli colocava mais atacantes na equipe, casos de Insigne e Cerci, o técnico Jorge Luís Pinto colocava mais homens de marcação, vencendo essa parte do duelo. A prova disso é que os italianos só voltaram a chegar, de fato, aos 36min, quando Cerci lançou para Insigne e o jovem atacante tentou de voleio, sem sucesso algum. O último resquício de ofensividade na Itália foi aos 44min, quando Cerci bateu escanteio, Cassano desviou e a bola saiu raspando.

FICHA TÉCNICA:
ITÁLIA 0x1 COSTA RICA

Estádio: Arena Pernambuco, Recife (PE)
Data/hora: 20/06/2014 – 13h (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Auxiliares: Carlos Astroza (CHI) e Sergio Roman (CHI)
Cartões amarelos: Balotelli (ITA), Cubero (COS)
Cartões vermelhos:
GOLS: Ruíz (43′ do 1º tempo)

ITÁLIA: Buffon, Abate, Barzagli, Chiellini e Darmian; De Rossi, Thiago Motta (Cassano – Intervalo), Pirlo, Marchisio (Cerci – 24′ do 2º tempo) e Candreva (Insigne – 10′ do 2º tempo); Balotelli. Técnico: Cesare Prandelli.

COSTA RICA: Navas, Umaña, González e Duarte; Gamboa, Tejeda (Cubero – 22′ do 2º tempo), Borges e Júnior Diaz; Ruíz (Brenes – 35′ do 2º tempo), Campbell (Urena – 28′ do 2º tempo) e Bolaños. Técnico: Jorge Luis Pinto.