Após quatro meses de investigações, a CPI que averigua supostas irregularidades nas contas do último ano do governo de Alcides Rodrigues, apontou um déficit de R$ 2,4 bilhões.
Ao contrário do que foi apresentado pela Comissão, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia demonstrado um déficit menor, de R$ 566 milhões. O relator da CPI, Dr. Joaquim de Castro (PPS) explica à repórter Nathália Lima que o valor apresentado foi um rombo de mais de R$ dois bilhões. Segundo ele, se somar a conta centralizadora mais a folha de pagamento já ultrapassa R$ um bilhão.
A oposição questionou os dados e ainda criticou as oitivas, já que a Comissão não ouviu o ex-governador Alcides Rodrigues, nem o ex-secretário da fazenda Jorcelino Braga. De acordo com o Deputado Francisco Gedda (PTN), nos valores apresentados pela Comissão estão inclusos os restos a pagar, que não deveriam ser contabilizados.
“Essa CPI é desvio de foco em colocar a culpa toda das coisas que o atual governo não está dando conta de fazer, e colocar no governo anterior. Hoje foram apresentados R$ 2,4 bilhões. O próprio relator fala em dívida futura. Eles já estão estudando com certeza numerologia, dívidas que o governador não executou as obras estão sendo colocadas como dívida”, alega.
Os deputados da oposição pediram vistas ao relatório, solicitando que a votação em plenário fosse realizada na próxima terça feira (06). O pedido de vistas foi concedido, mas a votação deve ocorrer ainda nesta quinta feira (01), o que seria considerado tempo insuficiente para análise do relatório, segundo o Deputado do Luís César Bueno (PT).
Após a votação, se aprovado, o relatório segue também para o Presidente da Assembleia, e em seguida será enviado ao Ministério Público, para apuração das denúncias.