O Ministério Público realizou uma Audiência para discutir a criação de galpões de reciclagem em Goiânia. O projeto é da Secretaria de Cidades, e foi aprovado pela Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) e pela Secretaria de Planejamento. É prevista a construção de dois galpões, um no setor Goiânia 2, e outro no Recanto do Bosque.
A finalidade é que os galpões deem mais autonomia às Cooperativas de Catadores de Lixo nestes bairros. Dulce Helena é Presidente da Cooperativa dos Catadores do Jardim Curitiba 3, que faz parte da região que seria atendida pelo galpão do Goiânia 2, e destaca a importância da criação de galpões ao repórter Rubens Salomão.
“A gente estaria saindo do aluguel. Lá no galpão, a gente tem um lugar adequado para trabalhar, com equipamentos que vão agregar valores ao nosso material, e áreas para refeição, área para descanso, sendo uma alternativa para aqueles que trabalham precariamente em áreas alugadas”, ressalta.
As Cooperativas de Catadores recebem hoje, além do material que recolhem pela cidade, parte do que pego pelo sistema de coleta seletiva, da Prefeitura de Goiânia. Os galpões farão o trabalho de separação e reciclagem do lizo seco. A Associação de Moradores, tanto do Goiânia 2, quanto do
Morada do Sol, não concordam com as áreas escolhidas para a instalação.
O Presidente da Associação de Moradores do Goiânia 2 e Região Norte, Jurandir Rosa afirma que não é contra o galpão, mas explica que o local foi determinado para a construção de uma escola estadual que não há na região. De acordo com ele, é a única área pública existente na região.
O Secretário de Planejamento, Roberto Elias, esteve na Audiência do Ministério Público e afirma que no Goiânia 2 tem área o suficiente para creche, escola, e o galpão.