Apesar da intensa articulação no plenário e nos corredores da Câmara, dos secretários Jeovalter Correia (Finanças), Olavo Noleto (Chefe de Gabinete) e Andrey Azeredo (Casa Civil), e principalmente do líder do prefeito, Carlos Soares (PT), a própria base aliada foi a responsável pela derrota na votação do reajuste do IPTU. Um acordo havia sido fechado com a oposição para que o reajuste de 29,7%, então previsto para 2016, fosse derrubado em votação destacada e os 25% para 2015 teriam aprovação facilitada pela ausência de Divino Rodrigues (PROS), o que causaria empate (16 a 16), que teria o voto de minerva do presidente, Clécio Alves (PMDB). O problema foi que, no momento da votação, não houve a aprovação do Paço ao acordo e Clécio optou por não assumir a posição decisiva em favor do aumento, teve inclusive o apoio da ex-líder do prefeito, Célia Valadão (PMDB). Diante da incerteza na própria base, a oposição decidiu romper o acerto e usar todos os votos contra o projeto. A margem poderia ser ainda maior, não fosse a ausência de Rogério Cruz (PRB).

Intervenção

Logo após a derrota, Carlos Soares parabenizou o governador Marconi Perillo (PSDB) por “mais uma vitória na Câmara” e apontou o tucano como principal responsável pela mudança de postura dos dois vereadores que se ausentaram na quinta-feira.

Nada disso

O líder do PSDB, Thiago Albernaz, confirmou reunião dos 21 vereadores que apoiaram a presidência de Anselmo Pereira (PSDB), mas negou qualquer ingerência. “O assunto do IPTU não foi abordado, foi uma apenas uma comemoração”.

 

“Me estranhou muito”

O vereador Zander Fábio (PSL) mostrou surpresa e afirmou ter estranhado a decisão do juiz Adegmar José Ferreira, da 10ª Vara Criminal da comarca, que o condenou por peculato e formação de quadrilha à pena de nove anos de prisão, além da cassação do mandato atual. Em conversa com a Coluna, Zander afirmou estar tranquilo e que, pela orientação jurídica que teve de advogados, o processo não deverá ter a mesma avaliação em instâncias superiores, já que o crime teria prescrito. “Na verdade eu ainda nem fui notificado, mas me estranhou muito o momento em que a decisão foi tomada. É uma sentença de primeiro grau e nós podemos recorrer. Causa alarde, mas não tem embasamento real, porque o crime já prescreveu”, explicou o vereador. Zander não acredita na possibilidade de ter cassado o mandato na Câmara de Goiânia, como determina a decisão. “Podem até pedir a cassação, mas a eleição foi posterior ao fato. Não cabe essa punição e também não tem mandado de prisão”, disse.

Ressarcimento

A decisão ainda condena Amarildo Pereira a 11 anos de reclusão. Os dois terão de ressarcir os cofres públicos no valor de R$114.748,00, por desvio de recursos públicos da Companhia de Obras do Município (Comob), em 2000.

“Passo importante”

O presidente da Agetop, Jayme Rincon (PSDB), nega que teve “a influência que foi divulgada” na eleição da Mesa Diretora da Câmara. Mas admite que a vitória de Anselmo Pereira foi “um passo importante” para candidatura tucana em Goiânia.

No tapetão

A votação do IPTU pode ser cancelada na Justiça, por iniciativa da base do prefeito Paulo Garcia (PT). Análise é de que os votos de Divino Rodrigues (PROS) e Zander Fábio (PSL) não podem ser considerados.

Processos

Divino já foi notificado de decisão judicial que suspende seu mandato e Zander teve decisão pela cassação no Tribunal de Justiça na quinta-feira (18), antes da votação. Sem os dois votos, o resultado é alterado e o aumento do imposto seria aprovado.

Possibilidade

Uma reunião foi realizada na última noite entre vereadores, juristas e representantes da prefeitura para definir as próximas ações. Nova votação ainda hoje ainda não era desconsiderada.

Liberado

O Tribunal Superior do Trabalho absolveu a JBS S.A. (Friboi) de multa por má-fé. A empresa contestou pedido do Ministério Público para concessão de intervalo de recuperação térmica a empregados do setor de desossa nas unidades goianas.

Convidada

A deputada estadual Lêda Borges (PSDB) confirmou convite de Marconi Perillo para assumir a Secretaria do Desenvolvimento Social, do Trabalho, da Mulher e da Igualdade Racial.

Tudo bem!

A pasta era pleiteada pelos comandos do PDT e do PTB. A deputada federal Flávia Morais (PDT) afirma que não faz questão de indicar secretário estadual. “Não tem esse compromisso. O governador está muito à vontade”, garantiu.