O presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela, minimizou possíveis incoerências na base do governador Ronaldo Caiado (DEM) que, cada vez mais, tem em posições importantes figuras políticas que foram centrais no apoio ao governo de Marconi Perillo (PSDB). Depois de ser candidato ao governo em oposição à gestão tucana e travar duros embates com os então adversários, nos mandatos na Assembleia Legislativa e Câmara Federal, Daniel agora aponta que não se pode fazer política “olhando no retrovisor”.
O grupo de apoio ao governador tem recebido a adesão de ex-marconistas como Alexandre Baldy, Lúcia Vânia, Tião Caroço, Carlão da Fox, além dos ex-líderes do governo tucano na Alego: Chiquinho Oliveira, José Vitti e Talles Barreto, que foi líder da oposição nesta legislatura. “Eu acho que são pessoas que contribuem como estado, são protagonistas no cenário político de Goiás e é natural que continuem também ocupando espaços de relevância. Tanto no Executivo quanto no legislativo, os deputados e tudo mais”, avalia o futuro candidato a vice-governador.
“A gente não pode ficar tomando decisões e agindo politicamente olhando no retrovisor, né? A nossa decisão, por exemplo, do MDB de estar junto do governador Ronaldo Caiado é pensando no futuro, entendendo que nosso estado e o país passam por um momento desafiador e no entendimento de que a gente precisa estar unidos em prol de ações que possam recuperar as condições de toda a população, né? Então, eu vejo que essas pessoas também contribuem dessa forma e é natural. Todos aqueles que queiram contribuir e estar juntos é louvável e importante”, avalia Daniel.
Valores
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá, em ação de municípios contra o estado de Goiás, se as gestões estaduais podem reduzir repasses de ICMS às cidades. A ação teve reconhecimento de repercussão geral na Corte em setembro e terá o mérito incluído na pauta.
O caso
Prefeituras goianas reclamam da redução no valor repassado diante de incentivos ficais concedidos pelo estado a empresas, que resultam em menor arrecadação, o que afeta o repasse constitucional de 25% do ICMS aos municípios.
Abrangência
Mais de 200 municípios propuseram ação contra o estado de Goiás e a estimativa e que se o Estado tiver de recalcular os repasses, o valor seria superior a R$ 12 bilhões. Os municípios reivindicam que o repasse de valores do ICMS não tenha a dedução do crédito concedido para incentivar os negócios.
Aproximação
Entre as agendas neste fim de semana, em Goiânia, Henrique Meirelles teve reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira. O deputado de Rio Verde pretende buscar vaga na Câmara Federal em 2022 e reforçou, na última semana, a insatisfação com a aliança entre DEM e MDB, mas mantém apoio a Caiado.
Grupo interno
Lissauer se aproxima de Meirelles em contato com o senador Vanderlan Cardoso, que também continua na base caiadista, mas com construção inicial de grupo alternativo, com foco na eleição do ex-ministro da Fazenda ao Senado. Já convidado por Vilmar Rocha, Lissauer considera filiação ao PSD e se afasta, ao menos por enquanto, de PP ou União Brasil.
Fora
O militante bolsonarista e ex-procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF-GO), Ailton Benedito, foi retirado do Conselho Nacional de Direitos Humanos. O colegiado é composto por 11 representantes da sociedade civil e 11 do poder público. Duas organizações têm assento permanente: o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público.
Saída
A decisão do procurador-geral da República, Augusto Aras, foi enviada por ofício à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, para informar que o novo representante será o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena. A pasta é a responsável por fornecer os recursos necessários ao cumprimento das funções do conselho.
