O Super Sábado desta semana é especial. No horário do tradicional Debate, a equipe do Sistema Sagres trouxe dicas do que fazer durante o isolamento social por causa do novo coronavírus. Os nossos profissionais também relatam o que está acontecendo nos bairros onde moram e nos locais por ondem passam. Confira.
Adair Meira – Instituidor do Sistema Sagres de Comunicação
Adair mantém isolamento com a família, que veio de Barcelona, na Espanha, aqui em Goiânia, há duas semanas. Na opinião do instituidor da Sagres, a contaminação mental é um dos piores sintomas dessa pandemia que precisam ser combatidos. “Nós vivemos hoje uma situação absolutamente única e altamente traumática, porque o vírus pode ser mais ou menos violento no seu organismo sob a ótica do funcionamento biológico. Mas, seguramente, é muito forte na contaminação mental no que diz respeito aos temores, às angústias, às incertezas e aos questionamentos dos modelos sobre trabalho, educação, relacionamentos e tudo mais”, avalia.
Em casa, ele conta que não faltam brincadeiras com o pequeno Henrique, filho de apenas 4 anos, mas também solidariedade e compartilhamentos de ideias e ações para enfrentarv esse período de quarentena. “Aprendendo a jogar ping pong, brincar de amarelinha, jogar futebol todo dia. Tem a Galinha Pintadinha, o Henrique agora descobriu um desses youtubers e não para de vê-los. Particularmente, estou fazendo da nossa casa uma espécie de alojamento, porque naquilo que for possível, nós vamos compartilhar. Compartilhar espaço, alimento, palavras, ideias é um grande antídoto para esse momento”, complementa.
Charlie Pereira – Coordenador das Feras do Kajuru na Sagres 730
Charlie Pereira não está cansado, o jornalista adora o que faz e sente prazer em trabalhar, mas admite que está angustiado. “Todo mundo tá angustiado, a gente não sabe o que vai acontecer amanhã, daqui uma semana, no próximo mês, até o final do ano, enquanto perdurar toda essa situação e depois os reflexos que essa situação vai trazer para o nosso dia a dia, tudo isso causa muita angústia”. Charlie diz que devemos ter muito equilíbrio neste momento, gosta de ver o noticiário e se informar sobre o novo coronavírus, mas também assiste séries, tenta ler um livro e brinca com o filho João.
O jornalista tem outros dois filhos e sofre por não poder vê-los por causa do isolamento. “Dói muito não poder abraçá-los todos os dias como faço de forma frequente”, disse. Charlie Pereira relata que precisou ir ao supermercado e sentiu o clima diferente no local. “Tinham 15 pessoas no supermercado, mas um clima muito pesado, as pessoas se evitavam, evitavam passar num corredor que tinha uma pessoa escolhendo um produto, no caixa muita tensão, são tempos difíceis, complicados e a gente precisa ter um equilíbrio para administrar toda essa angústia e cansaço.
Charlie indica séries, televisão e diz que a internet pode ajudar muito neste momento.
Matheus Pessoa – Estagiário
Morador do Setor Vila Moraes, Matheus Pessoa relata a sensação de que todos os dias são domingo. “Por aqui está tudo parado, as pessoas estão dentro de suas casas, não vejo mais ninguém na rua, a feira que tinha aqui perto de casa, não tem mais, onde concentrava movimento, acabou movimento. As únicas coisas abertas são supermercados e farmácias”.
Nathália Freitas – Repórter
Assim como a maioria dos colegas da Sagres 730, a repórter Nathália Freitas está trabalhando neste período de isolamento social. “Algumas pautas que fazíamos externamente, tivemos que adaptar, fazer home office”. A jornalista destaca que é uma situação complicada para quem é repórter, mas ressalta que é preciso se adaptar.
Nathália tem contribuído com a cobertura no Manhã Sagres e no Jornalismo do portal Sagres Online. A repórter relata supermercados com bastante movimentação, e muita gente nas ruas de Goiânia. “Principalmente em terminais e pontos de ônibus”. Em casa, Nathália Freitas está curtindo a família e maratonando séries na Netflix. “Estou assistindo série como nunca assisti antes, um episódio atrás do outro”. A repórter da Sagres 730 também passa o tempo ouvindo música e acompanhando o noticiário sobre a pandemia.
Dili Zago – Estagiária
Moradora da região central de Goiânia, a estagiária do Sistema Sagres, Dili Zago, relata lojas fechadas, e pedidos da Polícia Militar para que os lojistas que insistem na abertura do comércio fechem os estabelecimentos. “Isso está bem rígido”. Dili também viu a atuação de assistentes sociais na região. “Tem alguns idosos aqui na região e um dia um senhor estava andando na rua, desceram de um carro dois assistentes sociais conversaram com ele e o acompanharam”.
A estagiária do Sagres Online afirmou que havia em torno de 15 moradores de rua na Rua 74 e que apenas um permanece no local, “os outros foram retirados”. Outra mudança no Centro destacado por Dili Zago é a falta de congestionamento no fim da tarde. “Por volta de seis da tarde era um engarrafamento total e agora o trânsito está tranquilo, a quarentena é nítida no Centro de Goiânia”.
Justino Guedes – apresentador do Raiz Brasileira
Medo do desemprego, preocupação com o comércio fechado, pessoas com crianças em casa com medo de passar necessidade, são os relatos que o apresentador do Raiz Brasileira, Justino Guedes tem ouvido em seu bairro. Mas o o Companheirão do Brasil destaca a responsabilidade de cada um para que tudo volte ao normal. “Para que tudo volte a funcionar, até melhor do que era antes, vai depender de mim e de você, vamos cumprir o decreto, manter as mãos limpas”.
Justino Guedes pede para que as pessoas que foram liberadas do trabalho fiquem em casa, pois é importante para controlar a disseminação do vírus, e ajudar o país a andar. Guedes pede responsabilidade dos ouvintes ao buscarem informações sobre o coronavírus. “Muitas pessoas usam a internet para fazer o mal, se você quer informação correta, é só você ouvir a Rádio Sagres, temos uma equipe de jornalismo trabalhando o dia todo para deixar você muito bem informado do outro lado do Rádio”.
Victor Machado – Departamento Comercial
A equipe administrativa está em home office. Victor Machado destaca que é preciso ter disciplina para fazer o trabalho de casa. “Eu percebi que é preciso levantar, sentar na mesa, trabalhar e tirar as pausas necessárias para lanche, pra não parecer que é fim de semana, por exemplo”.
Victor mora no Setor Aeroporto. O local é bem movimentado, mas está mais tranquilo por causa do isolamento social. “Eu espero que todo mundo saia dessa quarentena em breve, que a rotina retorne”, destacou.
Cléia Medeiros – Gestora Administrativa e de Recursos Humanos
Na casa da Cléia, todos estão conciliando as atividades na sala. “A nossa rotina continua da mesma forma, procuramos levantar cedo e priorizamos o período da manhã, até às 13h”, diz. Cleia relata que as atividades coletivas do condomínio onde moram foram suspensas, mas os moradores usaram a criatividade para atender todos. “Os pedidos do restaurante são feitos pelo grupo do whatsapp, a equipe da academia proporcionou aula na quadra, com som que chega aos apartamentos que estão virados para a quadra e os demais podem acompanhar pela live do instagram do condomínio”.
Cléia relata baixo movimento na Avenida Pedro Paulo de Souza devido o isolamento social e faz uma balanço do momento que o mundo está vivendo. “É necessário que tenhamos serenidade, esperança, gratidão a Deus pela vida, e que o tempo, somente ele, se encarrega de pôr tudo no lugar, mas enquanto isso, é necessário que tenhamos paciência e sabedoria”.
Palloma Rabêllo – Estagiára
A rotina da estagiária do Sistema Sagres, Palloma Rabêllo, mudou bastante. A estudante ficava a maior parte do dia fora de casa entre a faculdade e o estágio e retornava tarde da noite, por causa do transporte coletivo. “Eu não saio de casa, estou ficando 24 horas dentro de casa, fui proibida de sair pela minha mãe porque sou do grupo de risco, eu tenho asma”.
Palloma está passando o período de isolamento com a mãe e o irmão. Ela está estudando através de um sistema online que a faculdade disponibilizou. O irmão estuda com atividades enviadas via whatsapp para o celular da mãe, que ainda está trabalhando, mas adota os cuidados com os filhos. “Ela trabalha, pega ônibus pra ir e voltar do serviço, mas assim que chega, toma banho antes de ter contato com a gente”.
Evandro Gomes – Comentarista esportivo
O comentarista Evandro Gomes está passando o período de isolamento social com o filho, Evandro Filho. Apesar de ouvir sirenes e auto-falante do Corpo de Bombeiros na região do Parque Flamboyant, Evandro destaca que a disciplina é predominante. O comentarista está passando o tempo com os afazeres domésticos. “Essa quarentena nos ensina a conviver mais com o trabalho caseiro e a valorizar a pessoa que trabalha com a gente, porque no momento que você pega no cabo da vassoura para limpar a casa, não é fácil”.
Além de organizar a casa, Evandro Gomes assiste filmes, lê bons livros, ouve e participa da Sagres 730, ainda que à distância e pelo telefone. “Dói um pouco essa situação de estar próximo e ao mesmo tempo distante das pessoas que a gente ama”. E pede. “Cumpram a quarentena, passa rápido e depois o lucro vem com a saúde da gente, saúde para todos”, desejou.
Flávio Candido – Operações do Sistema Sagres
Flávio está trabalhando de casa, e passa esse momento de isolamento com a esposa e os filhos. A dica dele para este período é leitura. “Uma das coisas que estou fazendo é colocar a leitura em dia, gosto muito de leitura sobre a segunda guerra mundial, estou lendo bastante, assistindo bastante coisa”. Durante o dia, Flávio resolve o que é possível por email e tem fé que as coisas voltarão logo ao normal. “Estamos juntos, com fé que rapidamente tudo isso estará resolvido e vamos voltar a nossa rotina”.
Jordanna Ágatha – Produtora
A jornalista Jordanna Ágatha é usuária do transporte coletivo e relata ônibus vazios nos horários em que passa pelos terminais Praça da Bíblia e Vera Cruz. “Outra coisa que tenho percebido por onde passo, são muitas lojas fechadas no Centro, lojas de móveis, lanchonetes”. Outro local por onde Jordanna passa é pelo Parque Vaca Brava e por lá, diz ela, muitas pessoas seguem fazendo atividades. “As pessoas continuam fazendo atividades físicas lá pela manhã”.
Jordanna destaca que o movimento é ainda menor em bairros das regiões centrais, mas nas regiões Oeste e Noroeste o movimento de carros e pessoas nas ruas continua normal. “No meu bairro a gente percebe vários comércios abertos, o movimento segue bem parecido com o normal, mas não tem feira, eles estão cumprindo essa determinação”.
Rafael Bessa – Repórter e apresentador
O jornalista Rafael Bessa está fazendo a cobertura da pandemia diretamente nos hospitais. Esteve também em Anápolis, quando a base aérea do município foi escolhida para receber os brasileiros que foram resgatados da cidade chinesa, Wuhan. “Estou trabalhando na linha de frente, aqui na Sagres tenho esse privilégio, fiz jornalismo para isso, para fazer parte desse tipo de momento, de grandes coberturas e trabalhar muito”.
Rafael tem evitado ir a casa dos pais e fala com a filha apenas por videoconferência. “Tenho visto as pessoas politizar o tema e isso me preocupa muito. No Brasil, as pessoas fazem da política uma espécie de time de futebol, eu torço pra esse, portanto sou contra o seu time, e não é assim. A gente não tem que discutir as pessoas, mas a política como ela é”.
Vinicius Tondolo – Coordenador do Sagres Online
Cumprindo o isolamento social, o jornalista Vinicius Tondolo sai de casa apenas para ir à sede da Rádio. “Nós como jornalistas temos essa responsabilidade social, é um serviço de utilidade pública, estamos sempre buscando a informação, tentando formas diferentes e criativas de trazer a informação, e não cair nessa onda de pânico que a gente vê”.
Tondolo ressalta que faz parte da nossa responsabilidade cidadã respeitar o isolamento. O jornalista sugere podcasts e palestras positivas.
Cléber Ferreira – Jornalista e apresentador
Cléber Ferreira é fanático por leitura e gosta de ler livros físicos. Como completou 60 anos, o jornalista está trabalhando de casa e, neste período, está se dedicando a estudar novas coisas e se aprofundar no conhecimento sobre o novo coronavírus. “As diferenças desta pandemia em países com cultura, temperatura, alimentação, faixa etária, tamanho e PIB diferentes, tudo isso como consequências ao enfrentamento da pandemia”.
O jornalista se pergunta como será depois do isolamento, como ficarão as empresas e diz que tem visto poucas pessoas na praça perto de sua casa. Apesar da rua onde mora não ser movimentada, as avenidas próximas são passagens para muitos motoristas e, pelo pouco barulho, Cléber percebeu que o movimento por ali diminuiu.
O jornalista revelou que precisa ir ao médico duas vezes na semana, mas evita tocar em obstáculos no caminho. Ele é hipertenso e está tratando um problema no pulmão. “É preciso que cada um tome os cuidados necessários”. Cleber Ferreira diz que não está com tédio. “Eu gosto da minha casa, gosto de ficar em casa, não é desesperador”.
Daniel Max – Operador Técnico
Para fechar com chave de ouro, o operador técnico Daniel Max e sua esposa Kélita Mariana trazem um pouco de música durante o período de isolamento social.
Rauane Rocha é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o IPHAC e a Universidade Federal de Goiás, sob supervisão do jornalista Johann Germano
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