Depois de mais de dois meses de jejum e 11 jogos sem vencer, o Goiás reencontrou o caminho da vitória e bateu o Palmeiras por 1 a 0 no último sábado (21). O gol do triunfo esmeraldino foi marcado pelo meio-campista Miguel Figueira, protagonista na Serrinha e considerado uma das principais revelações da sua geração.

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Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (23), o baiano falou sobre o gol, um chute de fora da área, e explicou que “já tinha falado com o Keko que queria pegar uma bola daquele jeito para chutar, porque ele tinha recebido uma bola antes e cruzado. Falei ‘Keko, estamos cruzando mal e os zagueiros deles estão tirando’”.

“Eu sabia que teria uma próxima, e nessa o Alyson estava com a bola e falei ‘toca, que vou chutar’. Ele tocou, olhei o Weverton, que estava no meio do gol, e pensei ‘vou fechar o olho e chutar’. Então foi isso, graças a Deus fui feliz e consegui fazer aquele belo gol”, completou o meio-campista.

Mudança no comando

Esta foi a 15ª partida de Figueira na temporada, que depois de receber boas oportunidades com Ney Franco e Thiago Larghi não teve a mesma sequência com Enderson Moreira, com quem participou de apenas duas partidas, em cerca de 10 minutos em campo. Em Augusto César, tem um treinador com quem já trabalhou nas categorias de base.

“Ficamos felizes com a subida do Augusto, é um cara que trabalha muito e conheço ele desde a base, e não só eu. Como já conhecemos ele, fazer o que ele pede fica mais fácil para nós, porque ele gosta de um tipo de jogo que já conhecemos e isso ajuda bastante”, destacou Miguel, a respeito do novo comandante técnico esmeraldino.

Miguel Figueira, meio-campista do Goiás, em entrevista coletiva (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)
Volta por cima

Sobre acreditar em uma sequência no time como titular após o gol, o meio-campista ressaltou que “penso que as coisas acontecem naturalmente, não adianta forçar. Deixo com o Augusto, ele é o treinador e decide. Se quiser me colocar, estou pronto. Procuro trabalhar firme no dia a dia para mostrar que posso ajudar a equipe”.

Marcado por um erro na eliminação na Copa Sul-Americana, Figueira frisou que o protagonismo no último jogo “é uma volta por cima daquele jogo do Sol de América. Poder entrar contra o Palmeiras e fazer um gol daquele tira um peso, com certeza. Estou muito feliz, graças a Deus pude fazer o gol e pudemos voltar a vencer, e isso que é o mais importante”.

Luta contra o rebaixamento

A nove pontos de distância para o primeiro time fora do rebaixamento, o jovem de 20 anos afirmou que ainda acredita na permanência no Brasileiro e que “cada jogo enfrentaremos como se for o último, porque sabemos da nossa situação e do que precisamos, então entraremos para tentar vencer e, mais importante, somar pontos”.