A Polícia Civil (PC) fechou uma distribuidora clandestina de cosméticos durante uma ação realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), e a Vigilância Sanitária.

A empresa, que funcionava em uma casa alugada no Setor Sudoeste em Goiânia, comprava produtos de outra companhia em São Paulo e revendia para salões de beleza. O estabelecimento não tinha alvará de funcionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, foram encontradas outras irregularidades, como explica o delegado adjunto da Decon, Frederico Maciel.

“Encontramos vários produtos sem rótulo no local, o que é ilegal, e alguns também com tampa inadequada, ou seja, o produto não estava devidamente tampado, possibilitando a entrada de ar e consequentemente a proliferação de microorganismos”, relata.

Além das irregularidades, foram apreendidos 36 mil reais em produtos de beleza. O delegado faz um alerta para os danos que esses produtos poderiam causar aos consumidores caso fossem comercializados. “A partir do momento em que o consumidor adquire um produto que ele não conhece a origem e nem mesmo qual o produto, os riscos são diversos para a saúde pública. Riscos dermatológicos, de lesão”, ressalta.

No momento da apreensão dos produtos, os proprietários do estabelecimento tentaram justificar aos agentes as irregularidades encontradas, como afirma Frederico Maciel. “Eles alegam que estão buscando regularizar, que já procuraram a Vigilância Sanitária, o que a gente constatou que não é verdade, porque a vigilância tampouco tinha conhecimento desse novo endereço onde eles estão funcionando”, pontua.

Os suspeitos, que faturavam 30 mil reais por mês, vão responder pelos crimes contra a saúde pública e relação de consumo.  A pena pode chegar a 15 anos de prisão.  

Com informações da repórter Juliana Gomes