(Foto: Arquivo / Sagres)

O deputado federal Delegado Waldir Soares (PSL) disse ao Manhã Sagres na Rádio Sagres 730 nesta sexta-feira (18) que o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado federal Vitor Hugo (PSL) articularam com o presidente Jair Bolsonaro para tirar dele o comando do partido em Goiás. “Se juntaram e tentaram me derrubar da presidência do PSL em Goiás considerando a preparação das eleições municipais”, contou.

Segundo o delegado, o movimento de Caiado foi o mesmo que ele fez com o PTB. É que em articulação com o presidente do diretório nacional, Roberto Jeferson, Jovair Arantes foi destituído do diretório regional, depois de 14 anos à frente do PTB e substituído por um aliado do governador. “Foram pessoalmente até o presidente e pediram o controle do diretório, como o governador fez com o PTB”, disse. “O presidente Luciano Bivar, considerando a minha lealdade, se recusou a entregar o comando do PSL para o Vitor Hugo e para o governador Ronaldo Caiado, isso foi um dos motivos da minha mudança de postura”, completou.

O delegado Waldir, confirmado na liderança do PSL na Câmara nesta quinta-feira (17) depois de uma disputa com o deputado e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, disse que o descontentamento de Bolsonaro com o partido começou há cerca de dois meses, exatamente porque ele tentou assumir o controle dos diretórios regionais, como tentou fazer em Goiás, sem sucesso. “O presidente, aproximando das eleições municipais e querendo o controle de todos os diretórios, inclusive de Goiás, para colocar pessoas ideológicas ligado ele, tentou atropelar o presidente [Luciano Bivar], porque aí teria o controle do cofre”, disse. “Quando o presidente exigiu o controle total do partido, o presidente Luciano Bivar se recusou a me tirar, a tirar outras pessoas e aí houve essa grande tempestade”. 

O deputado federal fez outras críticas ao presidente, segundo ele, Bolsonaro vacilou no seu compromisso de combater a corrupção ao tomar medidas como enfraquecer o Coaf, enfraquecer o ministro Sérgio Moro, na aproximação com o presidente do STF, Dias Tofolli. “Ele deu umas vaciladas quando ele tentou enfraquecer a Polícia Federal, quando tirou o Coaf do Moro, na escolha do Aras [procurador-geral da República], na aproximação com o Toffoli, quando ele não apoiou a CPI Lava Toga, então nosso governo afastou pouquinho do combate à corrupção”, criticou. 

Delegado Waldir disse durante entrevista que o sentimento agora é de traição. “Entregamos para ele agora, neste primeiro ano enquanto eu sou líder, 98% de fidelidade ao governo, aprovamos Reforma da Previdência, Liberdade Econômica, vários projetos de interesse do governo sobre o meu comando e da Joice e aí recebemos de contrapartida a ingratidão”, criticou. “Então achei muita ingratidão, deslealdade e realmente fui muito firme, em reunião com parlamentares na minha sala, usei as expressões, não me arrependo e é sentimento que eu tenho de traição”.

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