O Atlético Goianiense caminha para ter seu terceiro treinador efetivo nesta temporada. Depois de perder Vágner Mancini para o Corinthians e ver o time acumular maus resultados, a diretoria rubro-negra intensifica as buscas no mercado na expectativa de anunciar um novo técnico nos próximos dias.

Enquanto um novo nome não é anunciado, o Dragão segue sob o comando da comissão permanente e mais especificamente, de Eduardo Souza. Foi ele, juntamente com os demais integrantes da comissão permanente que estiveram à frente de toda a pré-temporada realizada em janeiro, da estreia do Goianão e do período de preparação durante a pandemia até a contratação de Mancini.

Durante um período do estadual e também na primeira fase da Copa do Brasil, o Atlético-GO teve Cristóvão Borges como treinador. Anunciado no dia 20 de janeiro, esteve à frente da equipe em sete partidas e foi demitido em fevereiro após quatro vitórias, dois empates, uma derrota e 66,6% de aproveitamento.

Além de estrear no comando com uma goleada sobre o Goiânia por 5 a 0, derrotou o maior rival Goiás por 3 a 0 e foi desligado do cargo após dois empates seguidos e críticas da diretoria ao desempenho da equipe nas partidas. À época, a queda no rendimento do time e a filosofia de trabalho do treinador foram algumas das justificativas usadas para a saída de Cristóvão.

Oito meses depois de deixar o Atlético-GO, o treinador concedeu entrevista ao Jornal O Globo nesta segunda-feira (2) e abriu o jogo sobre sua rápida passagem no CT do Dragão. Segundo ele, havia divergência com o pensamento do presidente Adson Batista.

“Cheguei lá, o time já tinha disputado a pré-temporada e o primeiro jogo. Tive dois treinos para colocar a equipe em campo para jogar. Estávamos bem, vencemos o maior rival (Goiás) por 3 a 0, nos classificamos na Copa do Brasil. Mas mesmo com tudo isso, fui demitido (com seis vitórias, dois empates e uma derrota) porque existia incompatibilidade com o presidente. Adson Batista é um presidente personalista, que cuida do clube muito bem. Mas ele se assustou com a ofensividade”, explicou Cristóvão Borges.