O ex-senador Demóstenes Torres (PTB) concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio 730 nesta segunda-feira (18). Na ocasião, ele falou sobre a possibilidade de voltar a figurar entre os representantes de Goiás no poder legislativo.

No último dia 05 de dezembro, o Superior Tribunal Federal (STF) entendeu por unanimidade que os processos administrativos instaurados contra Torres foram feitos com base em interceptações telefônicas consideradas nulas pelo Supremo e que, portanto, não são válidos. Com a decisão, foi arquivado o último processo judicial em desfavor de Demóstenes no caso Carlinhos Cachoeira.

Mesmo com a decisão judicial, uma eventual volta de Demóstenes ao senado depende dos próprios senadores, que precisariam revogar a cassação. Questionado sobre o assunto, o ex-senador disse que a retomada do mandato é um direito pelo qual irá lutar.

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Até hoje o senado nunca revogou uma cassação. Apesar disso, Demóstenes afirmou estar confiante. Ele ressaltou ainda que pretende recorrer judicialmente se o senado não optar pela revogação.

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Com a cassação de Demóstenes, em 2012, quem assumiu o mandato foi o então suplente, Wilder Morais (PP). Demóstenes adotou um tom cauteloso ao falar de Wilder, mas não poupou críticas a outros políticos goianos.

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Quanto às eleições do ano que vem, Torres reiterou seu respeito ao principal pré-candidato da base ao governo, o atual vice-governador José Eliton (PSDB). No entanto, segundo Demóstenes, se quiser vencer nas urnas, José Eliton vai ter que mostrar mais personalidade.

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Além disso, o ex-senador avaliou o cenário político nacional. Demóstenes é um antigo adversário político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar de não gostar de Lula, Torres disse que a justiça está tratando o ex-presidente com parcialidade.

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O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, marcou para 24 de janeiro de 2018 o julgamento da apelação de Lula contra a sentença do juiz federal Sérgio Moro no caso do tríplex do Guarujá (SP). Em julho deste ano, Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Se condenado em segunda instância ele pode ser preso em definitivo.

Acompanhe a entrevista completa: