O elenco do Goiás começa a sofrer ajustes para a sequência do Campeonato Brasileiro da Série A. Ainda esperando mais um meia após a chegada do atacante Zé Love, o Esmeraldino já planeja o enxugamento do plantel e, às vias de concretizar a saída de Érik para o Fenerbahçe-TUR, mais dois atletas deixarão o clube:

O meia Robert, revelado na base e repatriado esse ano na Aparecidense, vai jogar no Bragantino-SP, que disputa a Série B. Ele tinha contrato até o final da temporada e ambas as partes optaram por uma rescisão amigável, já que o atleta não vinha sendo aproveitado e recebeu a proposta do time paulista.

A outra saída, porém, será apenas por empréstimo.O jovem Jarlan, outra revelação da base, vai ser emprestado para o Boa Esporte-MG, também da Segunda Divisão. Ele chegou a ser utilizado algumas vezes no time titular, porém, não conseguiu sequência.

Os dois atletas chegaram, inclusive, a reforçar o time sub-20 do Goiás em campeonatos das categorias de base. Até por isso, Robert sai chateado com o clube e não faz questão de esconder:

“Não vinha recebendo as oportunidades, preferi sair. Não sei o porquê não joguei, talvez por falta de comando. Fui contrato pelo Goiano que eu fiz e com o Hélio estava jogando, até bem na minha visão, mas quando ele saiu nunca mais me levaram nem para o banco. Fiquei sem satisfação nenhuma. Treinava bem, não sei o que foi, mas vida que segue. No Goiás é sempre assim”, declara.

Ele continua: “É diferente de ter uma oportunidade e não dar conta do que não ter a oportunidade. Acho que pelo Goianão que fiz, tinha condição de ficar pelo menos no banco. Mas falta comando, o Hailé, por exemplo, foi que decidiu quem ia jogar contra o Brasília aqui em Goiânia. Ele falou nisso em entrevista. Não sei se é porque o treinador não é de nome que estão fazendo isso. Com o Julinho, perdendo ou ganhando são os mesmo jogadores, não reveza nem o banco. As regras são ditadas lá de cima”.

Sua maior chateação é de não ter conseguido chances para jogar: “Me parece que o Julinho escala só metado do time, o resto não é ele, é a cúpula do Goiás. São pessoas que nem participam diretamente, só falam quando o Goiás ganha. Toda vez que eu jogo aqui, não tenho oportunidade. Não sei o que acontece, parece que não gostam de mim. Criticam seu deixar eu mesmo mostrar meu trabalho. Isso me prejudica”.

Ele finaliza lembrando outros atletas que, na visão dele, foram injustiçados também. “O Clayton (Sales) foi o melhor lateral do Goianão e não joga. Chega um treinador e tira ele. O Juliano é ótimo volante, faz excelentes treinos e vai para o banco às vezes. Tenho certeza que eu daria conta, mas é muito difícil aqui no Goiás”.