O delegado Waldir Soares foi desligado da Delegacia de Trânsito na última semana. Em entrevista à Rádio 730, nessa segunda-feira (4), ele afirmou que a ação teria cunho político, alinhavado por um deputado federal do seguimento de segurança pública, que seria João Campos (PSDB), e por pré-candidatos à Câmara dos Deputados nas eleições de 2014.
Nesta terça-feira (5), o deputado João Campos respondeu as acusações do delegado em uma entrevista à Rádio 730. O tucano garantiu que não teve interferência na decisão da diretoria da Polícia Civil em retirar Waldir da Delegacia de Trânsito. “Eu não faço política dessa forma. Eu não tenho interferência na Polícia Civil. Essa não é a minha prática,” declara. Segundo ele, as denúncias do ex-titular da Delegacia de Trânsito são inconsistentes.
João Campos afirma que se quisesse perseguir Waldir teria feito isto em 2010, quando os dois concorreram ao mesmo cargo. O deputado federal revela que foi consultado para a definição se o colega de partido sairia candidato à Assembleia ou à Câmara.
O deputado afirma que não foi consultado sobre a nomeação de Joaquim Mesquita na Secretaria de Segurança Pública e Justiça (SSPJ), e consequentemente nas nomeações feitas por ele, como do diretor geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski. João Campos entende, que por ser um membro do partido no Congresso e de ser oriundo da área, até deveria ter sua opinião levada em conta, mas assegura que isto não aconteceu.
De acordo com João Bosco, ele ligou para o delegado Waldir após a entrevista concedida à 730. “Ele me disse que ouviu falar que havia sido eu,” conta o deputado. João Campos lamentou que o colega não tenha ligado pra eles antes de falar sobre o assunto.