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Na semana em que o dólar bateu a máxima histórica de R$ 4,35, o maior valor do plano real, o deputado federal, José Mário Schreiner (DEM), falou dos efeitos que a alta e a baixa podem trazer para o agronegócio goiano e brasileiro.

Segundo ele, a moeda praticamente move o setor agropecuário e, se por um lado ele pode valorizar o os produtos exportados, por outro, sua oscilação pode trazer instabilidade para o Brasil no mercado exterior. “No ponto de vista que a alta favorece o setor produtivo agropecuário do Brasil, ele também onera o custo da produção”, pontua.

Ele disse ainda que o dólar muito baixo também não é bom, pois não permite a competitividade com outros mercados. “Nesse caso, outros países vão tomar espaço, porque eles conseguem ser mais competitivos nesse aspecto. Nós precisamos ter um equilíbrio cambial. Ele não pode ser nem tão alto, que iniba as importações e prejudique o comércio internacional do Brasil e nem tão baixo a nível de desestimular nossas exportações”, ressalta.

O deputado federal revelou também que atualmente o Brasil tem 300 bilhões de dólares em caixa e nenhuma dívida em dólar. “Não devemos mais em moeda estrangeira, em dólar. As dívidas são em reais”.

Sobre o a reserva em dólar, José Mario destaca sua importância. “Reserva em dólar dá uma garantia ao Brasil no mercado internacional e principalmente de liquidez”. Além disso, ele falou também da necessidade de estabilizar o dólar. “De certa forma nós precisamos manter. Não pode ser estratosférico, mas também não pode ser um nível muito baixo, porque nós podemos prejudicar muito o mercado internacional”.

Ainda sobre a agro-industria goiana, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), divulgou dados sobre a participação de Goiás no comércio exterior. Segundo a pesquisa, o agronegócio do estado participou com cerca de 5,1% do total de exportações do agronegócio brasileiro no acumulado de janeiro a agosto. A movimentação deste período é de R$ US$ 4.3 bilhões, cerca de R$ 18 bilhões.