Depois da oficialização do apoio da executiva do PMDB ao empresário Junior do Friboi, deputados estaduais da sigla acreditam que a candidatura dele ao governo é um caminho sem volta. Na análise dos parlamentares consultados pela reportagem, até o baixo desempenho de Junior nas pesquisas de intenção de voto não deve ser levado em conta de forma isolada para a escolha do candidato do partido.
Daniel Vilela defende que as oportunidades estão abertas ao empresário e comenta a influência das pesquisas nesta decisão. “Eu acredito que é um passo largo dado na escolha do seu candidato. Eu acredito que o trabalho do pré-candidato, a candidatura vai se consolidar,” prevê.
O deputado aponta que o fraco desempenho de Friboi nas primeiras pesquisas não é um critério para definição de sua candidatura. “Nós temos inúmeros exemplos de candidatos que apresentaram percentuais muito baixos e depois ganharam as eleições. O próprio governador Marconi Perillo aconteceu em 1998,” lembra.
O deputado Paulo Cesar Martins lembra da liderança de Iris Rezende, mas destaca que ele não é pré-candidato ao governo e não tem trabalhado para isso. “A executiva do PMDB junto com os deputados estaduais e federais convidamos o Júnior para filiar ao PMDB e candidatar ao governo, inclusive com aval do Iris. O Iris nunca mencionou a vontade de ser candidato a governador, senador ou qualquer outro cargo,” afirma.
Já o deputado José Essado acredita até que a definição da candidatura de Junior do Friboi deve também se estender ao grupo de oposição, inclusive o PT. “O PMDB tem candidato próprio. A prova é que nós já demos esse crédito ao Júnior do Friboi. Nós não abrimos mão da cabeça de chapa,” destaca.