O projeto que define a Reforma Administrativa no Governo Estadual está pronto para ser apreciado em primeira votação no plenário da Assembleia, mas, mais uma vez, foi protelado pelos deputados. A matéria pode ser novamente modificada, desta vez pelo próprio governo, por meio de um projeto aditivo. A intenção seria cancelar a extinção da Agência de Esporte e Lazer (Agel).

A matéria já foi emendada duas vezes pela base governista e foram mantidas quatro gerências e criada uma diretoria. A intenção inicial do texto era de cortar gastos da administração e reduzir cerca de 3 mil cargos comissionados.

A oposição continua questionando a matéria, principalmente sobre os gastos com comissionados, que pode chegar a cifra de R$ 1 bilhão por ano, até 2018. O deputado Daniel Vilela (PMDB), fez levantamento neste sentido e critica a possível mudança no projeto do executivo. “A finalidade praticamente inexiste neste projeto. No nosso entendimento, para a demissão de comissionados não precisa de lei. O governador poderia fazer isso através de decreto. Com essa possibilidade de extinção apresentada em um projeto, e agora relatando de retroagir ainda mais daquilo que foi encaminhado no projeto inicialmente, mostra mais uma vez a incapacidade e impossibilidade política deste atual governo de fazer a economia que o Estado precisa e que as manifestações já demonstraram. Infelizmente, Goiás continuará na contramão de um estado eficiente,” argumenta.

O líder do governo na Assembleia, deputado Fábio Sousa (PSDB) afirma que a possibilidade de o governo enviar proposta aditiva ao projeto para manter a AGEL, por enquanto, não é confirmada. “Isso não é confirmado. Eu estou esperando a confirmação por parte do governo. O projeto está pronto para ser apreciado aqui no plenário. Agora chegando este aditivo vai parar o projeto. Eu estou esperando se ainda vai chegar ou não este aditivo,” conta.

De acordo com dados do Portal da Transparência do Governo do Estado, existem hoje 107.522 servidores ativos, entre comissionados e efetivos. O gasto é de R$ 22 milhões por mês. A intenção do projeto de reforma era de reduzir 3 mil comissionados, dos pouco mais de 10 mil atuais.