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No início de agosto, uma menina de 12 anos nos Estados Unidos ateou fogo em si mesma enquanto amigas a filmavam. Era o “desafio do fogo”, no qual o participante derrama líquido inflamável sobre o corpo, ateia fogo e tenta apagá-lo rapidamente. Para a jovem não deu certo: 49% do seu corpo ficou queimado e precisará passar por várias cirurgias.

Vídeos disponíveis na Internet exibem desafiantes que conseguem apagar as chamas, mas isso não impede que haja queimaduras leves. O presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), Luiz Philipe Molina, explica que não tem como não se queimar. “É uma questão de tempo, qualquer fração de segundos pode deixar marcas permanentes na pele e sequelas terríveis”, argumenta.

Aqueles que não conseguem controlar as chamas podem sofrer com sequelas moderadas ou até mesmo morrerem, complementa Dr. Molina. A menina americana teve queimaduras de segundo e terceiro graus. Atualmente está deitada em uma cama de hospital respirando por aparelhos. 

O médico afirma que a desinformação, muitas vezes propagada e incentivada por pessoas maldosas na Internet, contribui para o surgimento de casos de queimaduras como estes. Aos pais e responsáveis, Dr. Molina adverte: prevenção é tudo. “Depois que acontece, não tem volta. Queimadura é para sempre”, conclui.