Já imaginou transformar embalagens plásticas em acessórios de moda? É exatamente isso que a designer goiana Rochelle Silva, criadora da marca Roch Design e Vivências, que foi uma das participantes da Expo Favela, o maior evento de geração de negócios para empreendedores de favelas e periferias de todo o país.

Rochelle trabalha com a técnica do upcycling para o reaproveitamento de materiais, no Conjunto Vera Cruz, um dos maiores bairros da periferia de Goiânia. A designer transforma embalagens plásticas que iriam para o lixo em brincos, colares, broches e bolsas.

“Eu tinha o desafio de usar a embalagem em sua totalidade, o máximo que eu pudesse usar da embalagem no produto, era um desafio também. A gente levou para lançar no evento e a gente teve uma aceitação muito incrível do público, que era uma expectativa que eu tinha, saber como as pessoas vão saber, porque é algo inovador, particularmente nunca vi”, afirmou Rochelle.  

A Roch Design e Vivências foi a única marca goiana selecionada para integrar o time da Expo Favela. A feira de negócios foi realizada entre os dias 15 e 17 de abril, na cidade de São Paulo. Para Rochelle, a experiência foi única e motivadora.

“Por essa troca com essas pessoas, por ter a oportunidade de conversar muito com pessoas de outros estados, saber o que está acontecendo e eu fico muito feliz de ver o potencial que existe nesses bairros que são periféricos e favelas do Brasil inteiro”, destacou.

O ateliê da marca está localizado no Ponto de Cultura Vera Cult, que promove oficinas, cursos e mentorias para profissionalização e atuação em produção cultural. Transmitir os conhecimentos em técnica upcycling na moda, também faz parte da missão do coletivo para a transformação do bairro e da vida dos moradores da região.

“A gente tem essa ligação, tem esse olhar para a comunidade, cada vez mais a Roch quer envolver a comunidade nesse processo, a gente sempre se preocupa em valorizar esse potencial criativo das pessoas, não ficar só aquela coisa de reprodução, mas de trazer para a marca, de trazer pras peças um pouco desse potencial cultural, artístico, dessa potência cultural que existe no Vera Cruz”, ressalta Rochelle.

Confira a reportagem na íntegra:

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