Números da ONU Meio Ambiente revelam que o Brasil produz 541 mil toneladas de lixo por dia. Só na cidade de Goiânia, são geradas 35 mil toneladas de resíduos, e a maior parte poderia deixar de ser produzida com atitudes simples que envolvem consumo consciente, destinação correta e compostagem orgânica.

O lixo que você colocar para fora de casa desaparece magicamente. Alguém passa ali, o lixo desaparece e você não sabe para onde ele vai. No Brasil nós temos hoje mais de 3 mil lixões. O lixão está proibido desde 2010, mais ainda a gente encontra muitos lugares como esse em que o lixo fica a céu aberto, não tem qualquer coleta do líquido que é formado nesse lixo que é o chorume, e esse é um grande problema ambiental”, detalha Nathália Machado, mestre e Ecologia e Conservação e doutora em Ecologia e Evolução pela Universidade Federal de Goiás (UFG), convidada da SagresTV neste Dia Mundial do Meio Ambiente.

Nathália Machado defende que economia e ecologia precisam caminhar juntas para a melhor destinação do lixo e o consumo consciente, reduzindo a produção diária de resíduos. As ações, segundo ela, precisam partir da população, do poder público e das empresas.

Não tem como pensar em economia sem pensar em ecologia. O caminho é exatamente esse. A gente tem que buscar soluções, as pessoas precisam participar também. São vários níveis. O Estado precisa ter as ações, políticas públicas, as empresas também precisam se responsabilizar porque elas têm muito lucro com o tipo de embalagem que elas estão escolhendo”, afirma.

Na live, o professor da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), Edgard Carneiro, detalhou ações da instituição junto aos jovens aprendizes para destinação e reutilização de recicláveis, como forma de preservação do meio ambiente como o Muda Clima, em Palmas-TO, o Ecologia, em Santa Catarina, e Olho no Óleo e Papa-Pilhas, Águas do Cerrado e Tampatas em Goiás, além do recolhimento de pneus e doação de uniformes [confira no vídeo a seguir].

Para Nathália Machado, ações como estas demonstram que os jovens estão no caminho certo. “As pessoas como cidadãos e consumidores têm esse poder de gerir o seu lixo, fazer melhores escolhas, de fazer a separação correta, de cobrar de seus representantes. Essa roda, quando você começa a fazer uma ação, você impulsiona outras”, conclui.

Confira a entrevista na íntegra a partir de 1:50:00