Neste sábado (2) os torcedores do Atlético Goianiense relembram com carinho de um título importante para a história rubro-negra. No dia 2 de maio de 2010, no Estádio Pedro Romualdo Cabral, em Santa Helena, a equipe comandada pelo técnico Geninho derrotou os donos da casa por 3 a 1 e levantou o troféu estadual pela décima primeira vez.
O resultado do segundo jogo ressaltou a superioridade atleticana que na partida de ida, no Serra Dourada, já havia conquistado uma vitória por 4 a 0. No entanto, os dois placares não refletiram o equilíbrio das fases anteriores. No primeiro turno vitória do Santa Helena por 2 a 1, no segundo triunfo rubro-negro por 4 a 2.
O título marcava o início de um ano desafiador para o Dragão, que havia conquistado o acesso no ano seguinte e disputaria a Série A naquela temporada. Em entrevista à Sagres 730 o técnico Geninho, comandante do rubro-negro na época, destacou os pontos forte do time naquela temporada.
 “Nós fizemos realmente um ano muito bom, o Atlético era uma equipe que vinha ressurgindo e voltando a ocupar um lugar importante não só no cenário, como também no brasileiro. Além disso era um clube que voltava com uma estrutura muito forte, um CT bem arrumado e uma administração muito consciente e ‘pé no chão’. Isso se refletia dentro de campo em um grupo que já vinha mantendo uma base há algum tempo”, disse.
Para chegar à final contra o Fantasma, o Atlético fez 31 pontos na fase de grupos, conquistando nove vitórias, quatro empates e sofrendo apenas cinco derrotas. Com isso terminou a primeira fase na liderança com um ponto a mais que o próprio Santa Helena.
Na semifinal a equipe rubro-negra tinha pela frente seu grande rival Goiás. Após empate em 0 a 0 na partida de ida, uma vitória por 4 a 2 no jogo da volta levaram o time campineiro à grande decisão. Por outro lado, os comandados de Júnior Pezão eliminaram o Vila Nova com duas vitórias, a primeira por 3 a 1 em Goiânia e a segunda por 4 a 2 no Pedro Romualdo Cabral.
“Foi um campeonato seguro. Acho que o Atlético durante toda a sua performance fez uma competição que o credenciou a ser campeão pelas suas atuações dentro de campo. Ou seja, foi um time que ganhou por mérito. Chegamos à final com uma atitude altamente positiva, aproveitando o fato de jogar em casa nós praticamente definimos o título em Goiânia. Foi um título importante não só para o clube, mas para todo mundo que participou disso”, pontuou o treinador.
Dono do campeonato
Róbston foi eleito o melhor do Goianão 2010 (Foto: Léo Iran)
Além de muito importante para o treinador e para a história do clube, o título estadual daquela temporada corou grandes atuações de um atleta que nos anos anteriores já havia sido destaque com a camisa rubro-negra. Em 2010 Róbson foi eleito o melhor jogador do Campeonato Goiano e ganhou um carro 0km da Rádio 730.
“Ele foi talvez o grande destaque do time. Da mesma forma, nós tínhamos alguns jogadores com muita liderança como o Márcio, o Elias surgindo no meio-campo com uma qualidade muito grande e o Tiuí com uma movimentação muito boa na frente. Contudo, o Róbston fazia aquela transição com muita propriedade. Juntamente com o Agenor e o Ramalho, ele fez aquele papel de meia de aproximação e marcou muitos gols. Foi um jogador decisivo naquele campeonato e acabou tendo, por mérito, um destaque muito grande”, analisou Geninho.
Na memória
Agenor faleceu em 2019, mas foi importante em 2010 (Foto: Reprodução/Twitter ACG)
Dono do meio-campo atleticano naquele estadual, Róbston contou com alguns parceiros para fazer do setor o ponto forte da equipe. Além de Pituca, Ramalho e Elias, o ‘pitbull’ Agenor dava a segurança necessária na marcação. Logo, também compôs o a seleção do Goianão de 2010.
Lamentavelmente o ex-volante do Dragão acabou falecendo em outubro do ano passado vítima de um acidente de carro em Brasília. Por isso foi relembrado com carinho pelo atual técnico do Vitória.
“Dentro da característica dele, ele foi muito importante. Até porque o Pituca marcava e sabia jogar, o Ramalho também e o Róbston era mais um atleta que jogava do meio para frente. Dessa forma, o Agenor tinha uma colaboração muito grande no sentido de marcação nesse time, ele dava toda proteção para a zaga e quando podia, saía para jogar porque tinha qualidade para isso. Logo, foi essencial dentro das suas características e ele teve a felicidade de, na final, participar marcando o último gol daquela decisão”, afirmou Geninho.
Ficha Técnica – Primeiro Jogo/Final – Atlético 4×0 Santa Helena
Estádio Serra Dourada
Gols: Juninho (2’ 1T), Elias (9’ e 24’ 2T) e Marcão (42’ 2T)
Atlético: Márcio; Márcio Gabriel, Gilson, Jairo, Thiago Feltri (Chiquinho); Agenor, Ramalho, Róbston, Elias (Thiago Martins); Juninho (Marcão), Rodrigo Tiuí. Técnico: Geninho
Santa Helena: Luiz Almeida; Robson Goiano (Jean Carlos), Carlão, Preto Marabá, Paulo César; Maurinho, Evandro, Marabá, Keninho (Amarilla), Valdeir (Marcley); Eder. Técnico: Júnior Pezão
Ficha Técnica – Segundo Jogo/Final – Santa Helena 1×3 Atlético
Estádio Pedro Romualdo Cabral
Gols: Atlético: Rodrigo Tiuí (11’ 1T), Washington (23’ 2T), Agenor (30’ 2T) / Santa Helena: Eder (21’ 1T)
Atlético: Márcio; Márcio Gabriel (Chiquinho), Gilson, Jairo, Thiago Feltri; Agenor, Pituca, Ramalho (Erandir), Róbston (Elias); Rodrigo Tiuí, Washington. Técnico: Geninho
Santa Helena: Luiz Almeida; Roan, Carlão, Preto Marabá, Paulo César; Maurinho, Evandro, Keninha, Valdeir (Amarilla); Eder, Maciel (Magno). Técnico: Júnior Pezão