NÃO AFETA

A direção do PT em Goiás não acredita que haverá maiores efeitos negativos da exposição do envolvimento de figuras conhecidas do partido na Operação Lava Jato sobre o desempenho de candidatos da sigla aqui no estado nas próximas eleições. Se houver influência, ela será pequena e não alterará o resultado das eleições. Lembrando que João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, e o ex-ministro José Dirceu, por exemplo, são réus na investigação sobre corrupção na Petrobras.

LOCALIZADA

Segundo o presidente do PT em Goiás, Ceser Donisete, eleições municipais tem um caráter muito localizado, personalista, os candidatos são mais próximos e conhecidos da população e o cenário nacional pouco influencia. “Principalmente no interior, nas cidades pequenas e médias, a pessoa vota muito mais no candidato do que no partido. No caso de reeleições, vota em quem trabalhou e tem o que mostrar”, disse o presidente a estas ENTRELINHAS.

MOMENTO

Ainda segundo Ceser Donisete, o fator tempo também deve ser considerado. “O voto do eleitor é uma xerox do momento. Estamos a mais de um ano das eleições”, ressalta, apostando que, em outubro do ano que vem, o impacto das denúncias da Lava Jato tende a ser diluído.

APARECIDA  

O Ministério Público acionou, pela prática de ato de improbidade administrativa, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB). O secretário de Fazenda do município, Carlos Eduardo de Paula Rodrigues, o procurador, Tarcísio Francisco dos Santos, e os dos advogados Roberto Vilela França e Rosemberg André Batista, também foram acionados.

SEM LICITAÇÃO

A alegação é que os advogados, sócios do escritório Prado e França Advogados Associados, foram contratados ilegalmente pelo município entre os anos de 2009 e 2015, resultando em prejuízo aos cofres públicos de cercas de dois milhões de reais. Os contratos teriam sido firmados sem licitação e sucessivamente prorrogados, apesar da existência de um procurador jurídico comissionado e 15 procuradores efetivos nos quadros do município.

RESPOSTA

A Prefeitura de Aparecida disse que o contrato com o escritório de advocacia respeitou a legislação vigente e que as informações sobre ele foram encaminhadas ao MP. A dispensa de licitação estaria prevista na lei e os serviços do escritório estariam dando retorno ao município, em forma de recuperação de créditos. Em nota, ainda esclarece que, apesar da contratação recente de dez procuradores, a demanda jurídica da Prefeitura continua alta: só na Vara de Fazenda Pública são 34 mil processos sobre responsabilidade da Procuradoria do Município.    

CONSELHEIRO

Decisão liminar do desembargador Gerson Santana Cintra autoriza o ex-deputado Helder Valin a voltar a exercer o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás até o julgamento definitivo de recurso. O desembargador entendeu que o afastamento do conselheiro pode prejudicar o funcionamento do Tribunal.