Estou a 1658km de casa, a aproximadamente 1625km do Rio de Janeiro (minha primeira parada nesta jornada acompanhando o Atlético e os detalhes desta decisão da Copa do Brasil). Desde domingo a tarde estou em Salvador nos trabalhos para o grande jogo entre Vitória e Atlético, pelo jogo da volta, na fase semifinal da Copa do Brasil.
Um jogo que mexe com todas as emoções. Com toda a convicção, mesmo que caia um dilúvio nesta quarta, eu duvido que tenha menos de 25 mil torcedores no Barradão. Eles estão com uma bela mobilização para tentar levar o rubronegro baiano a primeira decisão nesta competição nacional. Os ingressos custam 40 (arquibancada) e 80 (cadeira).
Hoje pela manhã, peguei o táxi e fui acompanhar o treinamento do elenco baiano, no início de preparação para a decisão. Nada demais. Ou melhor tudo igual. Trabalho físico dos jogadores de linha. Nada muito puxado. Pra variar os goleiros sofreram mais. Exceto um: VIÁFARA, el paredón (como é chamado pelo torcedor). Com uma lesão na coxa, treinou na academia, tentou trabalhar com os demais jogadores e não deu conta. Ele disse, em entrevista, que havia começado antes e foi tudo programado. Mas não acredito, ele não conseguiu se movimentar como os demais goleiros e foi poupado. Se não jogasse seria muito bom, pelo menos para equilibrar…
Mas nesta manhã de segunda-feira, o quê mais me chamou a atenção não foi um jogador, dirigente, torcedor ou até mesmo estrutura. A distância na área de imprensa no CT Toca do Leão percebi um senhor andando com uma varinha na mão próximo a área de entrada do departamento médico. Era o senhor EDIMILTON PEDREIRA, o TUCA, massagista do clube rubronegro desde agosto do 1987, mas que devido um acidente em uma partida de futebol aos 16 anos teve um deslocamento de retina e desde então convive normalmente com a deficiência visual. Esta por sinal o deu a principal virtude. Com o tato apurado, ele faz milagres na recuperação dos jogadores.
Para ter uma idéia de como TUCA é considerado um patrimônio do clube, pelo que consegui avaliar, podemos enquadrá-lo na mesma condição de Delson no Vila Nova e no Marcão da Kombi no Goiás. Funcionários bastante identificados com o clube em que trabalha.
Uma excelente história… Um excelente exemplo.
OUÇA A ENTREVISTA
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Completinho
Enquanto isso, em um dos campos do CT Toca do Leão, o técnico Ricardo Silva já dava inicio a preparação para o jogo contra o Atlético. Ele terá força máxima. Ninguém suspenso e muito menos machucado. Apenas o Ramon Menezes pode ser algum problema se der sinais de cansaço muscular pelo longo tempo afastado dos gramados se recuperando de uma lesão. Mas no mais o time será o seguinte: Viáfara, Nino, Wallace, Reniê e Egídio, Vanderson, Uelliton, Bida e Ramon, Júnior e Elkesson.
Pelo lado goiano, sem Robston, Elias e Rodrigo Tiuí a situação vai ficando cada vez mais dramática. O time terá que superar na marra e na garra a euforia do torcedor do Leão que está bastante confiante e os jogadores também estão pela campanha dentro de casa com 100% de aproveitamento (15 gols marcados e nenhum sofrido).
A partir de amanhã acompanhando toda a movimentação do Atlético e do Vitória para trazer a melhor informação !!!!
Amanhã também tem boas entrevistas…