Grande parte dos brasileiros tem o hábito de manter uma caixinha de remédios em casa. Os medicamentos vão se acumulando e nem sempre são usados antes de serem vencidos. O destino mais comum, nestes casos é o lixo, no entanto, esta não é a indicação mais adequada.
A Rede de Farmácias Artesanal começou uma campanha de coleta destes medicamentos para dar uma destinação correta aos mesmos. O Diretor da Farmácia Artesanal Evandro Tokarski afirma à repórter Izadora Louise que o risco de se ter medicamentos em casa é de se automedicar.
Segundo ele, 27% dos casos de internação em atendimento de hospitais são decorrentes da intoxicação por medicamentos, e 70% são crianças. “O fato de ter uma gaveta com medicamentos em casa, você sente um sintoma e se automedica, acontece com grande maioria dos brasileiros”, relata.
Se a pessoa jogar este medicamento em lixo comum, aquele que estiver mexendo com lixo na rua, pode pegar este medicamento a fazer uso. Além disso, quando vai para o lixo comum, o destino são os lixões da cidade, e com o tempo e chuva, pode escorrer aos lençóis freáticos.
“Muita gente também joga no vaso sanitário e dá descarga, o que é um problema muito sério. Outra situação é jogar no ralo da pia, indo também para os mananciais. Quando se separa a água no tratamento, mesmo que se faça uso, não se consegue separar o medicamento da água, o que não é bom para a nossa saúde”, explica.
A Farmácia Artesanal, por meio do apoio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) a Vigilância Sanitária, o Conselho Regional de Farmácia, Prefeitura de Anápolis e Aparecida de Goiânia, vai recolher este medicamentos não mais usados e fazer a incineração, que é a forma adequada para destinação deste lixo.