O Goiás Esporte Clube segue na busca por um técnico para a temporada de 2022. A procura, de acordo com o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Edminho Pinheiro, em entrevista exclusiva à Sagres, é o ponto mais difícil que o clube terá em termos de contratação. “É o x da questão. Vamos quebrar muito a cabeça, já começamos. Eu tive uma reunião com o Harlei e um amigo da Europa por quase duas horas, discutindo sobre o futebol no mundo e o nosso comandante do time. Já bati um papo com meu tio [Hailé] por telefone, vou bater pessoalmente. Teremos que estar muito coesos na decisão da escolha desse nome”, revelou.

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Edminho Pinheiro também comentou sobre a linha de raciocínio de cada uma das pessoas que decidem o nome do futuro treinador do Goiás, fazendo ainda uma comparação, entre aspas, do presidente Paulo Rogério Pinheiro a outros dirigentes do Estado. “O presidente é um cara, mais ou menos, estilo Adson. Ele entende de futebol, é daquele que pensa que o treinador não pode ser o Deus absoluto de tudo. E não são todos os profissionais que enquadram dentro desse perfil”, explicou.

Ainda no impasse entre ideias, o dirigente questionou se o Goiás deve seguir trabalhando nesse conceito. “Precisamos saber primeiro o que nós queremos, se vamos continuar trabalhando nessa linha, ou se contrata um, entrega e começa a rezar. Essa definição vai ter que ser amadurecida com calma”, destacou.

Gestão de pessoas

O vice-presidente do conselho mencionou a gestão de pessoas como uma qualidade primordial na escolha do próximo técnico. Para exemplificar, Edminho Pinheiro lembrou de um encontro feito com os jogadores na reta final da Série B. “Fizemos uma reunião, eu, Harlei, Paulo, Nicolas, Fellipe Bastos, Elvis, Tadeu e Apodi de quatro horas, que foi a mais importante que eu tive até hoje dentro do futebol. Tudo foi uma estratégia naquele momento daquela reunião, que muitas coisas foram ditas, porque estávamos na reta final e talvez com um outro tipo de treinador, que se tivesse ali, a reunião não teria acontecido”, ressaltou.

Por fim, o dirigente afirmou que o treinador que o Goiás deve buscar precisa ter a mente aberta para debater ideias e soluções, mas deixou claro que a palavra final deve ser a do técnico. “O comandante tem que ser um profissional com outra mentalidade no futebol. Um profissional que entenda que em uma companhia, uma empresa, uma equipe de futebol precisa efetivamente ser discutido com a direção sobre tudo. Claro, o comando final precisa ser de um. Tem treinadores que não aceitam você discutir nada”, finalizou.

Junior Kamenach é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do coordenador de esportes Charlie Pereira.