Onésio Brasileiro Alvarenga (Foto: Nathalia Freitas/Sagres On)

No programa Debates Esportivos da última segunda – feira (11), o presidente executivo do Vila Nova, Ecival Martins, revelou que gostaria de vender a área do Onésio Brasileiro Alvarenga e construir um novo estádio, além de uma sede para o clube onde fica o CT Marconi Perillo.

“Entendo que pela valorização imobiliária, aquela área deve valer algo em torno de R$ 100 milhões. Com esse recurso daria pra fazer toda obra no CT, pagaria toda dívida do clube, que ficaria com estádio e uma estrutura de primeiro mundo. Isso é uma ideia que tenho, mas não é algo que pretendo colocar em pauta, pois é preciso ser amadurecido e trabalhado por todos no clube”, disse Ecival Martins.

Wilson Balzachi, diretor administrativo do Vila Nova, informou que uma avaliação da área do OBA foi feita no ano passado e o valor passado por uma imobiliária de Goiânia foi inferior a R$ 100 milhões.

“Foi avaliada em R$ 65 milhões. Fizemos esta reavaliação dos ativos do clube no balanço patrimonial de 2018”, disse Balzachi, que também informou que a área pode ser vendida, permutada ou arrendada, mesmo que tenha sido doada pela prefeitura de Goiânia nos anos de 1960, quando o prefeito era Hélio de Seixo Brito.

“A área foi toda doada pela prefeitura. Nós recebemos tudo, maas naquela época, Goiânia era muito nova e havia confusão para saber se as propriedades eram do Estado e da Prefeitura. Quando o Estado viu que a área era dele, tirou pedaços da área do Vila para doar para a Saneago e para a Secretaria de Agricultura”, explicou.

Discussão no conselho

O tema veio à tona após questionamento sobre em qual estádio o Vila Nova vai mandar seus jogos no Campeonato Brasileiro Série B que começa no mês que vem. Ao mesmo tempo, Ecival sabe que o assunto é delicado e precisa ser amplamente discutido.   

“Essa situação é muito delicada, mas é uma ideia pessoal. Nós temos duas áreas e ambas precisam de muito investimento e se a gente pudesse negociar a área do OBA, seria o caminho mais rápido e viável, que daria para o Vila um grande salto de desenvolvimento, mas não sei se haveria consenso sobre isso. O clube precisa amadurecer e evoluir. É uma opinião que tenho e não quero criar polêmica alguma”, ressaltou Ecival.

Hugo Jorge Bravo, presidente do conselho deliberativo do Vila Nova, disse que o assunto nunca foi colocado em pauta para discussão entre os conselheiros na sua gestão, mas gosta da ideia.

“Vejo com bons olhos, pois o Vila precisa investir e melhorar o CT. Ao longo dos anos não aconteceram avanços na questão estrutural e acho que o Vila merece melhorar ainda mais o local, que deveria ser o foco”, finalizou.