Visando participação nas eleições do ano que vem, como candidato ao Senado por Goiás, o atual secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles inicia agenda política em Goiás nesta sexta-feira (25), com reunião com membros do PSD no Estado. Em entrevista à Sagres, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) afirmou que o evento de hoje mostra o interesse de Meirelles em ser candidato ao senado federal por Goiás.

“Ele vai fazer uma reunião com o partido, uma visita institucional ao governador e, também, ao presidente da Câmara, mostrando a população, ao eleitor goiano que ele tem essa ideia de disputar aqui o senado federal”.

Ouça a entrevista completa:

Nascido em Anápolis, Henrique Meirelles ficou distante do Estado de Goiás nos últimos anos, quando ocupou cargos nacionais, como a presidência do Banco Central e até em outros estados, como agora que é secretário da Fazenda em São Paulo. Questionado se esse afastamento pode fazer com que os eleitores entendam que o político só retorna a Goiás por interesse, Vanderlan contou que não vê dessa maneira.

“Ele foi convidado para ser presidente do Banco Central, em seguida, Ministro da Fazenda e com esses dois cargos que ele ocupou, ele representou melhor o Estado de Goiás do que como deputado federal. E como ele é goiano, é de Anápolis, uma pessoa de expressão nacional e até mundial, então ele disputando e sendo eleito, vai representar muito bem o Estado”.

Diante do convite feito pelo PSB para filiação e candidatura de Henrique Meirelles pelo partido, Vanderlan explicou que não haverá concorrência dentro da sigla a respeito de quem disputará o senado pelo partido. “Agora, quem vai decidir se ele tem que ser ou não é o eleitor. Se o eleitor entender que quer ele no senado, ninguém segura”.

Perguntado se Meirelles poderia concorrer ao governo, Vanderlan deixou claro que esse não é o acordo com o partido e, principalmente, com o senador.

Vacina da Covaxin

Vanderlan Cardoso voltou a afirmar que não concorda com a realização do CPI da Covid no momento e que pouco acompanha o que ocorre na comissão. Sobre as denúncias a respeito da compra da vacina Covaxin, o político afirmou que a história está mal contada pelos dois lados e que, pela primeira vez, a CPI pode servir para algo.

“Talvez esclareça realmente o que é que aconteceu. Como que foi isso? A pressão de compra por vacinas é muito grande, mas também não pode sair comprando vacina por qualquer preço. Eu sou favorável de que onde tem denúncia, que se apure. Se tiver desvio, que se puna”, declarou.