Banco de madeira da roça, botina invocada, chapéu de peão, fivela, café quentinho, viola e modão. É com este cenário e na TV aberta que o Raiz Brasileira celebra 15 anos de tradição da música raiz em Goiás. O programa, que estreou no rádio em 2008, passou a ser transmitido também via streaming no portal Sagres Online. Já em 2019, ganhou um novo formato na Sagres TV. Mesmo com tantas mudanças, a atração segue mantendo a sua principal característica: a simplicidade do Companheirão do Brasil.

“Esse é o meu jeito. No programa de rádio, na televisão, em casa, na roda de amigos, é assim”, afirma o Companheirão do Brasil. “O que eu estou falando aqui, lá no sítio, naz fazendas, na roça, o sertanejo vai entender. O médico, o doutor, o intelectual sabem o que eu estou falando”, complementa Justino Guedes.

Assista a seguir à edição especial de 15 anos do Raiz Brasileira

Nesse sentido, Raiz Brasileira e o apresentador Justino Guedes são uma coisa só. Como a moda e a viola, um não existe sem o outro. Há 15 anos, ouvintes da zona rural e da cidade acompanham o programa do Companheirão.

Justino Guedes nos estúdios da então Rádio 730 AM (Foto: Sagres Online)

“Para mim sempre foi uma alegria estar apresentando o programa nesses 15 anos. Ter o contato com o ouvinte, com o homem do campo, as pessoas ligam para você de manhãzinha e falam que estão ouvindo. A música que toca no programa mexe com a pessoa. A moda caipira mexe com o sertanejo, porque as histórias se misturam”, relata.

“Às 5h da manhã, bateu na porteira, o cachorro latiu, a égua relinchou, é o Companheirão do Brasil que chega para apresentar mais uma edição do programa Raiz Brasileira”, anunciava logo cedo.

O Raiz dos brasileiros

Desde a estreia, na então Rádio 730 AM, o programa foi pensado para contemplar toda a família. “De mamando a caducando, estavam sempre acompanhando”, seja no radinho de pilha, no carro ou no celular.

“O programa começava bem cedinho. Os pais levavam as crianças para a escola, e ouviam o programa. Tinha umas coisas engraçadas que eu acabava falando, ou então as próprias músicas, e a criança perguntava ao pai ‘o que é isso?’. A preocupação do programa sempre foi colocar músicas que você pode ouvir com seu filho. A criança de 5 anos, de 10, de 12, o vovô e a vovó podem ouvir”, enumera.

Nomes como Avaré e Jataí, Irmãs Freitas, André e Andrade, Iron e Irineu, Vanderley e Valtecy, Delley e Dorivan, Marcos Violeiro, João Matos e Gustavo, Tyone e Portela, Dyego e Gustavo, Juão Pedro e João Paulo, Gustavo Violeiro e Elias, Baltazar Violeiro & Martinho, entre muitos outros, estão entre as diversas duplas sertanejas que já se apresentaram presencialmente no programa ao longo destes 15 anos.

Justino Guedes recebe Mattão e Monteiro no Raiz Brasileira para a Sagres TV (Foto: Sagres Online)

Sem fronteiras

Nestas duas décadas e meia, ouvintes de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Tocantins e até de outros estados relatavam acompanhar o programa. Com a transmissão via aplicativo da Sagres, o alcance ultrapassou todas as fronteiras.

“Isso significa que as pessoas gostam de ouvir o rádio, e gostam de ouvir o Raiz Brasileira. Várias vezes as pessoas viajavam e ouviam o programa pelo celular, porque hoje o rádio está também no celular. Só baixar o aplicativo, em qualquer lugar do país, e ouvir. Então o ouvinte está na beira da praia, na lua de mel, fora do país, no Japão, na Europa as pessoas me mandavam mensagens para registrar no programa”, afirma Justino.

Delley e Dorivan no Raiz Brasileira (Foto: Sagres TV)

Se você acompanhou o Raiz Brasileira, certamente já ouviu as vozes de Tião Carreiro e Pardinho, Tonico e Tinoco, Irmãs Galvão, Rolando Boldrin, Lourenço e Lourival, Trio Parada Dura, Teodoro e Sampaio, Milionário e José Rico, Liu e Léu, Gino e Geno, Chitãozinho e Xororó, Dino Franco e Mouraí, Sérgio Reis, Joaquim e Manoel, João Mineiro e Marciano, Pena Branca e Xavantinho. Entretanto, além da música caipira, a grande estrela do programa é o Companheirão do Brasil.

“A música sertaneja está na alma dos goianos e dos brasileiros. A música sertaneja, a sua cultura, é muito rica. Para se ter ideia, a música Saudade da Minha Terra, de Belmonte e Amaraí, de 1966, até hoje não caiu no esquecimento. A frase que eu gosto de usar para a música sertaneja é que ela tem início, meio e fim. A moda caipira tem história. Se você é brasileiro, gosta de farinha, de arroz e feijão, então você gosta de música caipira”, conclui.

Você pode assistir a todas as edições do Raiz Brasileira no Sagres Online, no canal da Sagres no Youtube, no canal 26.1 da TV aberta para Goiânia e Região Metropolitana, no canal 7.1 da TV aberta para a região de Três Marias-MG e na TV Brasil.

Equipe de produção do Raiz Brasileira (Foto: Sagres Online)
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