SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar à vista mostrava leve alta nos primeiros negócios desta terça-feira (24), após dado de inflação de janeiro pouco acima do esperado no Brasil e em meio ao fortalecimento da moeda norte-americana no exterior ante seus principais pares.
Às 9h17 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,24%, a R$ 5,2117 na venda.

A Bolsa e o dólar fecharam com quedas moderadas nesta segunda-feira (23), com as ações dos bancos ficando com os destaques negativos do dia, enquanto os investidores aguardam a divulgação do IPCA-15, primeira prévia da inflação oficial em 2023, nesta terça-feira (24).
O Ibovespa fechou em queda de dólar comercial à vista encerrou o dia em baixa de 0,27%, a 111.737 pontos. O dólar comercial à vista caiu 0,11%, a R$ 5,201.

Os juros subiram nesta segunda-feira, após a divulgação do relatório Focus do Banco Central. Os contratos com vencimento em 2024 saíram de 13,50% ao ano no fechamento da última sexta-feira (20) para 13,58%. Para 2025, os juros saíam de 12,77% para 12,85%. Para 2027, de 12,80% para 12,91%.

A Bolsa chegou a operar boa parte do dia em alta, impulsionada pela Petrobras. A cotação do petróleo chegou a subir quase 2% e perto das 18h30, subia 0,50%. As ações da estatal seguiram o mesmo caminho, e depois de chegarem a registrar alta superior a 4%, fecharam em alta de 1,59%, no caso das preferenciais, enquanto as ordinárias avançaram 2,31%.

Em direção oposta, as ações dos grandes bancos, com pesos importantes no Ibovespa, começaram a cair com mais intensidade nesta tarde. Em relatório, o Credit Suisse projeta que o setor deve apresentar maiores provisões contra créditos em atraso, inclusive por conta do caso Americanas, e de toda a cadeia produtiva que envolve a varejista.

Os analistas Marcelo Telles e Daniel Vaz afirmam, no entanto, que não enxergam “o escândalo contábil” envolvendo a Americanas como um risco sistêmico, assim como destacam a boa saúde geral do setor corporativo.

O Credit Suisse cortou a recomendação para as Units do Santander Brasil de neutra para venda, e o papel caiu 4,08%. As ações ordinárias e preferenciais do Bradesco recuaram 3,18% e 4,22%, respectivamente. As preferenciais do Itaú Unibanco tiveram queda de 3,06%.

Levantamento do TradeMap mostra que a ação ordinária do Banco do Brasil é o grande destaque dentro do setor em 2023, até esta segunda-feira. O papel sobe mais de 14% em janeiro. Nesta segunda, terminou em queda de 0,74%.

O dia também é marcado pela saída da Americanas do Ibovespa. A sexta (20) foi o último dia de negociação da ação ordinária do grupo, depois de realizar o pedido de recuperação judicial.

Agora, a ação da Americanas entra na categoria conhecida como penny stock, quando vale menos de R$ 1. Se permanecer nesta situação por 30 dias seguidos, a empresa será notificada pela B3, e terá 15 dias para apresentar uma solução. Caso contrário, será punida com multa diária pela Bolsa.

A ação ordinária da Americanas fechou em alta de 12,67%, cotada a R$ 0,80. Nesta segunda, a companhia pediu mais 48 horas para entregar sua lista de credores na recuperação judicial.

O trio de acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que juntos possuem 31% da empresa, divulgou nota neste domingo (22) na qual afirmam que jamais tiveram conhecimento e que nunca admitiriam quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia.

Em Nova York, os principais índices de ações fecharam em alta, na expectativa pelo anúncio de resultados de gigantes do setor de tecnologia essa semana, como Microsoft, Tesla e Intel.

O mercado já tenta antecipar também uma diminuição no ritmo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, os analistas projetam uma retomada da alta de 0,25 ponto percentual na taxa na reunião marcada para a próxima semana, depois de alguns aumentos de 0,50 ponto nos últimos encontros.

O índice Dow Jones subiu 0,76%, o S&P 500 encerrou o dia em alta de 1,19%, e o Nasdaq avançou 2,01%.

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