O dólar era negociado em queda ante o real nesta segunda-feira (10), depois que o patamar de 3,15 reais atraiu operações de venda de exportadores, tendo como pano de fundo as negociações para a reforma da Previdência no Brasil.

Às 10:32, o dólar recuava 0,36 por cento, a 3,1389 reais na venda, depois de fechar em alta no pregão passado pela terceira sessão seguida e ir a 3,1502 reais. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,30 por cento.

“O mercado acordou mais tranquilo, com a leitura de que o governo vai conseguir aprovar alguma reforma da Previdência, que haverá um acordo”, afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Na semana passada, os investidores reagiram mal e com movimentos defensivos após o governo recuar e abrir mão de pontos da proposta original da reforma da Previdência para tentar garantir sua aprovação no Congresso Nacional, movimento que reduzirá a economia nas despesas em 115 bilhões de reais ao longo de 10 anos.

Com isso, o governo também piorou sua projeção da meta fiscal para 2018, já vendo dificuldade na recuperação das contas públicas e em meio ao lento avanço da economia.

“O governo parece mais confiante na reversão dos votos contrários à reforma após os ajustes apresentados na semana passada”, informou a corretora Guide em relatório a clientes.

Nesta manhã, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) saíram em defesa da reforma da Previdência, desenhando cenários ruins para a economia sem sua aprovação. ]

No exterior, o euro caía ante o dólar, pressionado pelo nervosismo sobre as próximas eleições presidenciais francesas, com os investidores fazendo um balanço das pesquisas recentes mostrando competição apertada. Sobre uma cesta de moedas, o dólar era negociado com leves variações.

O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção no mercado de câmbio para esta sessão, por ora. Em maio, vencem 6,389 bilhões de dólares em swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares.

Da Reuters Brasil