O Goiás já sabe que não terá o técnico Enderson Moreira no banco de reserva no jogo contra o Santos no domingo, às 17h, no Serra Dourada, mas poderia ter. Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, no Hospital Anis Rassi, o médico e vice-presidente do Goiás, Sérgio Rassi, explicou que o procedimento no coração do treinador não é algo urgente, mas que a data foi a que melhor se encaixou no fim desse ano.
Enderson tem um forame oval pérvio, um pequeno buraco que liga o átrio direito ao átrio esquerdo, que normalmente é fechado com poucos dias de vida, mas que se mantém em algumas pessoas e pode causar embolias cerebrais e, raramente, até um derrame cerebral. O treinador fará a oclusão desse forame oval em um procedimento simples, feito por cateterismo, que tem menos de 1% de risco de complicações. Sérgio Rassi explicou o porque de se fazer o procedimento nesta quarta-feira.
“Não é uma urgência, é um procedimento eletivo, mas para esse procedimento nós contamos com outro profissional, o Dr. Maximiliano Lacoste, que vem do Rio de Janeiro e ele tinha disponibilidade apenas nessa semana ou daqui três semanas. Aí, já coincidiriam com as férias que os atletas e a própria comissão técnica vão gozar, e ele (Enderson) já tinha uma viagem planejada com sua família. Por essa razão é que nós já deixamos marcada essa data há dois meses, e nessa situação, a gente prioriza a saúde do treinador”
Enderson estará liberado para seguir a rotina em quatro dias, mas só poderá fazer esforços e exercícios físicos no prazo de um mês. Sérgio Rassi revelou que estará na noite desta terça-feira com o treinador, em uma confraternização do clube, e acredita que a cirurgia e a recuperação não atrapalhará na continuidade das negociações do treinador e o Goiás para renovar o vínculo. O médico e vice-presidente revelou que Enderson percebeu essa situação há muito tempo.
“Totalmente assintomático, ele teve um episódio há três anos que motivou a sua consulta. Ele procurou especialistas lá em Belo Horizonte na época, onde foi diagnosticado esse probleminha. Como não era uma urgência, ele estava fazendo tratamento medicamentoso, com medicamentos que raleassem o sangue, como anti-coagulantes, mas é um pouco perigoso ficar tomando esses medicamentos a vida inteira, porque fica propenso a sangramentos”