Ferido, dolorido, chateado. Ricardo Drubscky era o símbolo da frustação após a goleada sofrida pelo Goiás para o Corinthians por 5 a 2, na noite desta quinta-feira, na Arena Corinthians. Tudo isso porque o time mostrou ter condições, conseguiu se segurar por um longo tempo, esteve na dianteira do placar em duas oportunidades, mas caiu nos minutos finais. E segundo o treinador esmeraldino, caiu também pela arbitragem, que foi vítima fácil da pressão corintiana.
“A gente foi uma equipe que sofreu a pressão, mas bateu bem, teve saídas boas, teve chances para fazer mais. No geral, o Corinthians foi melhor, teve o mérito da vitória. Eu questiono que a pressão na arbitragem foi demais, naquela falta do terceiro gol seria no máximo um corner, ele marcou a falta e saiu o gol. O Thiago Mendes deu um carrinho na bola e saiu o gol. Eu não digo que o time desistiu do jogo, a gente chegou próximo do fim bem, mas sofremos a virada e demos uma baixada na guarda”
Essa “baixada na guarda” partiu do fato de ter nas mãos uma equipe jovem, recheada de garotos da base e que talvez não estariam todos prontos para serem utilizados. Drubscky não esconde esse problema.
“São fatos, a gente não pode esconder isso. A gente veio jogar aqui contra o Corinthians sabendo das dificuldades, que o adversário iria se impor, mas mesmo assim a gente foi muito bem, mesmo com essa equipe jovem. A gente criou situações de gol, mas não podemos aqui mascarar que o Corinthians foi melhor, fez uma bela partida e mereceu vencer”
Drubscky se disse ferido pela forma como perdeu e pela sequencia de quatro derrotas seguidas, mas garante que não se sente ameaçado e que tem trabalhado com aquilo que pode. O comandante explicou que as alterações realizadas, como as entradas de Erik e João Paulo, foram uma tentativa de desafogo pela pressão que o time sentia, e não porque a equipe estava muito defensiva.
“A gente não joga com a intenção de marcar somente, a gente marca quando o adversário impõe força. Quando fizemos o segundo gol, um bonito gol, a gente sofreu bastante, fizemos as substituições para tentar dar mais vida para a equipe, mais alma. Ali a gente já estava sofrendo, mas aí depois do nosso gol, veio com mais ímpeto ainda. O que nos deixa chateados é que os gols, o quarto e o quinto, foram num nível de facilidade muito grande”