(Foto: Reprodução/ TV Sagres)

Depois de 11 anos no cargo de presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, enfrentou um concorrente na eleição realizada, na última segunda-feira, 22/10. Venceu o candidato da chapa Federação para os Clubes, Lélio Júnior, por 46 votos a 27.
A oposição movimentou o processo eleitoral com um trabalho eficiente de marketing e comunicação, além de exercer uma cobrança por transparência por parte da atual gestão da FGF.

Entrou na justiça para ter acesso às informações sobre o colégio eleitoral. A chapa da situação preferiu trabalhar nos bastidores, como nos velhos tempos. A chapa da oposição foi acusada de tentar comprar o voto dos filiados. A denúncia feita pelo presidente do Monte Cristo repercutiu apenas nos meios de comunicação. Deveria ser investiga a fundo!
Por outro lado, o candidato da oposição, Lélio Júnior, estranhou o sentimento de medo que impera entre os filiados, em relação ao presidente André Pitta. Diante deste fato, cabe uma pergunta: qual é o poder de um presidente de federação? Na prática pode quase tudo.

A federação organiza campeonatos, faz os registros e transferências de jogadores, filia clubes e ligas; além de fazer os clubes e atletas cumprirem o estatuto da entidade e os códigos disciplinares. Firma contrato para a venda dos direitos de TV e cotas de patrocínio. Convoca assembleias, tem o controle sobre a arbitragem e forte influência no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Como se nota, se quiser, tem capacidade para privilegiar ou retaliar os clubes.

Ao longo destes 11 anos, a administração Pitta acumulou pontos positivos. Apoiou os clubes e deu incentivos aos torcedores durante a realização dos campeonatos goianos. Marcou posição dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).Com o passar do tempo, acomodou-se. Pode e deve ser mais transparente em relação a movimentação financeira (arrecadação e despesas) da federação. Precisa se preocupar mais com a saúde financeira dos filiados.

É lógico que a federação não é a única culpada pela atual condição dos clubes, mas, pode ajudá-los muito mais.
O atual presidente da FGF sai fortalecido do processo eleitoral, porém com maior responsabilidade. E agora Pitta?