O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, visitou na manhã deste sábado (24), uma unidade de saúde em Cristalina, cidade goiana no entorno de Brasília. Ao ser questionado sobre pessoas que receberam doses diferentes da vacina contra a Covid-19, Queiroga afirmou é natural que desvios aconteçam durante uma campanha de vacinação.

“Naturalmente em uma campanha dessa magnitude há pequenos desvios que precisam ser controlados pelas autoridades sanitárias do Brasil. Mas, a população brasileira pode ter certeza que as autoridades sanitárias dos três níveis estão absolutamente atentas para promover uma campanha de vacinação como nós sabemos fazer”, declarou.

Na sexta-feira (23), o jornal “Folha de S.Paulo” publicou uma reportagem em que divulga que no Brasil, há mais de 16 mil registros de doses de fabricantes diferentes no país, sendo 4.471 vacinas trocadas só no estado de São Paulo.

Coronavac e Oxford/AstraZeneca são as duas únicas vacinas disponíveis no país, contra a Covid-19. De acordo com o protocolo nacional de vacinação, os imunizados de grupos prioritários devem receber a vacina disponível no dia da vacinação. Mas na segunda dose, segundo o protocolo, o mesmo fabricante precisa ser mantido.

Durante a visita em Cristalina, o Queiroga ainda falou sobre as ações do governo para garantir mais vacinas para no país, e defendeu o uso de máscara e o distanciamento social como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus.

“Queremos fazer uma vacinação ampla, que atenda a maior parte da população brasileira, mas sem descuidar das outras medidas, como, por exemplo, o uso de máscara e o distanciamento. Nós vamos também fortalecer a testagem das pessoas. Tudo isso para evitarmos que, após a vacinação, nós tenhamos uma terceira onda”, disse.

O ministro da saúde visitou a unidade Estratégia Saúde da Família (ESF) Marajó, onde será implantado o Telessaúde, um programa de telemedicina coordenado pelo Ministério da Saúde em parceria com universidades públicas e especialistas, que tem o intuito de expandir a rede de serviços de atenção primária de saúde durante a pandemia.