(Foto: Sagres On) 

A última rodada não foi das melhores para o Goiânia. Na tarde do último sábado, o Galo perdeu para o Crac, por 2 a 1, no estádio Olímpico. Esse resultado deixou o alvinegro com 13 pontos e adiou sua classificação para próxima fase do Goianão. O time comandado por Artur Neto chega a segunda rodada consecutiva sem vitória, já que, foi derrotado pela Aparecidense, por 1 a 0, pela 9ª rodada.

Um dos telespectadores da partida foi o presidente do Conselho Deliberativo do Galo, Ebraim Arantes, que avaliou o jogo e comentou sobre o pênalti perdido por Márcio, aos 24 minutos da segunda etapa.

“Não faltou nada, mas faltou tudo. Nós tivemos três ou quatro lances no primeiro tempo, onde que o Miguel, que foi um dos melhores jogadores nosso, errou dois gols na cara do gol. Não é obrigação dele, mas a bola caiu no pé dele e errou esses dois gols. Outros gols nós tivemos no primeiro tempo, mas levamos um gol infortuito. A torcida quer crucificar o Márcio, mas acho que ele não falhou. Eu acho que foi uma falha coletiva e não foi culpa do Márcio. Nós tivemos a condição de empatar o jogo e de virar naquela penalidade clara. O Márcio foi bater. Agora diz que pênalti o presidente que tem que bater. O Arione não sabe chutar, não dá conta, então, não podia ser o Arione, tinha que ser quem bate melhor, que é o Márcio. Ele foi para bater. Depois ele pegou um chute, que vai pegar só daqui dez mil anos. Eu tenho é que parabenizar o time do Crac, parabenizar a equipe de arbitragem, que foi muito bem, e parabenizar todo mundo. Não posso deixar de parabenizar a minha equipe. Acho que estão todos de parabéns. Pode esperar que o Goiânia estará nas finais do campeonato goiano”, afirma.

O goleiro tem 39 gols, e hoje, ele é o sexto goleiro com mais gols marcados na história do futebol mundial. Se ele fizer mais três gols, ele se tornará o terceiro, atrás apenas de Rogério Ceni e Chilavert. Após errar a penalidade, Márcio deixou o gramado sobre vaias da torcida.

“O sentimento da torcida é isso. Foi a mesma que pediu para ir bater o pênalti, que gritou o nome dele na hora. Como que eu vou crucificar essa torcida que acho ruim. Eu também achei ruim, mas vou crucificar o Márcio? O Márcio é uma bandeira do Goiânia. O Márcio que está inserido no Goiânia. Nós tivemos a felicidade de tê-lo aqui com a gente e vamos continuar tendo o Márcio com a gente depois que ele parar. Não quero que ele pare agora. Ele brinca que é o último ano dele, mas para mim o Márcio vai fazer mais um campeonato ou dois pelo Goiânia. Ele é um profissional exemplar. É um excelente de um profissional, é um sujeito que não tem vício nenhum, o único vício dele é jogar bola e curtir a família. Dei uma abraço nele, junto com o filho dele. Emociona isso”, diz.

OLÍMPICO

O Goiânia retornou ao estádio olímpico. Pela primeira vez no campeonato goiano de 2019, o Galo mandou sua partida na praça esportiva. Recheado de histórias, o estádio olímpico ficou conhecido por ser a casa do alvinegro. Ebraim Arantes comemora a volta ao local, mas faz algumas críticas ao estádio.

“Lindo voltar ao estádio olímpico. To triste pelo desmando do Governo do Estado, que largou isso aqui as traças. Tive a grata satisfação de receber o presidente do Vila Nova. Vou estar com o presidente do Goiás e do Atlético, para que nós façamos uma visita ao Governado, que o Governador é meu amigo, mas ele não é ligado ao futebol. Nós vamos lá fazer uma visita para ele se não tiver interesse e se suas direções não tem interesse nas praças esportivas, que entregue aos clubes, vamos administrar. O estádio olímpico é uma maravilha e está jogado as traças. Eu tive que mandar buscar fora do estádio água para dar para algumas pessoas da imprensa. Eles não tinham onde comprar”, afirma.

Na metade do tempo, alguns torcedores estavam de fora do estádio e não havia bilhetes para serem comprados. A diretoria do Goiânia liberou a entrada dos torcedores sem a apresentação dos ingressos. Ebraim Arantes explicou essa situação e criticou administração do estádio olímpico. Além disso, foi relatado a falta de água no vestiário do Crac.

“Foi uma falha de administração do estádio olímpico. O estádio olímpico é obrigado a ter o quadro móvel, como eles falaram, se admitiram incompetentes para ter o quadro móvel e o Goiânia assumiu. O Goiânia ao assumir só consegue pagar três bilheterias. Nós pagamos funcionários para cobrar três bilheterias. Não é culpa do Goiânia, do Goiás, do Vila ou do Flamengo, a torcida sempre chega em cima da hora. Eles chegaram e não teve fluxo para entrar. Eu imediatamente mandei abrir em respeito a torcida que estava lá fora. Grande parte do público que entrou foi de 600, mas mais de 400 foi sem pagar. Eu agradeço a esses que entraram sem pagar. Quero pedir desculpas a eles, porque foi falha mais uma vez da administração do estádio do olímpico. A administração do estádio olímpico não vem errada desde de agora não, Caiado. Vem errado desde do José Eliton, que passou para a universidade, que sabe administrar escola, que não sabe administrar futebol. É uma vergonha o que está acontecendo. Tanto que vou marcar com o meu amigo, o Governador do Estado, já combinei com o presidente do Vila Nova, do Goiás e do Atlético, para saber o que ele quer dessa praça. Isso é a menina dos olhos do Brasil. O Crac deve pensar que nós desligamos a água deles, mas não fomos nós. Não fomos nós que desligamos a água do vestiário. Nós também não tivemos água. Para que o Caiado faça uma boa administração ele tem que entregar a administração dos estádio para os clubes”, finaliza.

RESPOSTA

A reportagem da Sagres 730 entrou em contato com o professor Marcos Jari, que é diretor educacional do campus da ESEFEGO, sobre as declarações de Ebraim Arantes e a situação do estádio Olímpico.

– situação da bilheteria

“Essa falha não foi de quem organiza o quadro móvel. O quadro móvel estava sobre a responsabilidade do Goiânia, não estava na responsabilidade da universidade esse quadro móvel. Nós fizemos foi assessorar o Goiânia, já que o Goiânia não tinha nenhuma experiência sobre qual devia ser o quadro móvel para o jogo em função do quantitativo. Para o tanto de pessoas que o Goiânia nós apresentamos um quadro móvel. A presidência do clube na expectativa de enxugar os gastos, reduziu esse quadro e foi por causa dessa redução, sobre tudo de catraqueiros e bilheteiros, que deu o problema lá na entrada. A decisão de reduzir o quadro foi do clube”, afirma. 

– Falta de água nos vestiários

“Eu fui informado no final que teve um problema na água no vestiário do Crac. Isso deve ter sido por ter tido entrada de ar na tubulação. Isso dificultou a pressão para mandar água para os vestiários. Foi algo que ocorreu no final. Me parece que o Goiânia se prolongou nos vestiários e no final realmente teve este problema”, diz.