Era quase madrugada de terça – feira (14) quando terminou a reunião do conselho deliberativo do Vila Nova. Com a presença de 62 conselheiros, algumas alterações no estatuto foram discutidas, e claro, o assunto eleição foi tema nas entrevistas conduzidas pelo repórter Vitor Monteiro, da Sagres 730, único veículo de comunicação presente no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga. Em uma delas, o presidente executivo Ecival Martins antecipou que não pretende continuar no cargo a partir de 2020.
“A gente tem que saber o momento de se estabelecer, saber o momento de terminar uma situação, e acho que pra mim chegou esse momento e não vou criar nenhum tipo de situação. O estatuto do Vila é vago sobre isso porque assumi um mandato tampão, mas percebo que há um sentimento no clube pra que outras pessoas dirijam e não vou criar dificuldade pra isso”, explicou o dirigente.
A questão vaga sobre reeleição, citada pelo presidente Ecival Martins, seria no ponto em que o estatuto não é claro se quando um presidente, que completa um mandato de outro, conta como um mandato legítimo, e não apenas tampão. Caso que aconteceu com Ecival Martins quando assumiu no lugar de Guto Veronez em 2016 e no fim de 2017 foi eleito para o biênio 2018 e 2019.
Ainda na entrevista, Ecival Martins lembrou que a vontade do conselho deve prevalecer. O presidente também citou questões familiares para não continuar. “Meu mandato termina no final do ano e acho que outras pessoas possam vir e contribuir com o clube. Espero terminar bem e acho que não podemos ter vaidade em momento algum. Acho que a vontade da maioria das pessoas do clube, que são os conselheiros, associados e até mesmo os sócios – torcedores que vão votar, deve prevalecer. O conselho do Vila é constituído por pessoas de bem, que têm condições vir e dirigir o clube. Confesso que pra mim, pra minha família, pra minha vida particular, pretendo encerrar o meu mandato e entregar o Vila numa situação melhor do que recebi”, concluiu.
(Foto: Sagres Online)
Hugo Jorge Bravo
Sobre a eleição para a presidência executiva no fim do ano, o presidente do conselho deliberativo do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, foi questionado se pretende sair como candidato da executiva, porém preferiu ressaltar que o momento ruim dentro de campo é a maior preocupação atualmente e que assuntos sobre o pleito serão discutidos agora.
“Eleição no Vila só começa a ser discutida em novembro. O negócio hoje é todo mundo mandar energia positiva pro time começar a ganhar e passar essa nuvem negra”, ressaltou Hugo, que comentou sobre as mudanças no estatutos que foram definidas durante a reunião na noite desta segunda – feira.
“Nenhuma mudança substancial que altere o dia – a – dia do clube. O sócio continua com direito a voto normalmente, como um associado que possa participar ativamente da vida política do clube. Sobre o sócio – torcedor categoria ouro, tem que ter pelo menos um ano de adesão pra poder votar”.
Com relação a ideia do ex- presidente Guto Veronez, de voltar ao conselho deliberativo, já que abriu mão de seus direitos em 2016 quando deixou o clube, Hugo Jorge Bravo, que é seu opositor, disse que existem questões internas que devem ser analisadas pra que isso aconteça.
“Particularmente não chegou pra mim de uma forma específica, então não tenho que falar nada. Tem as questões da forma como ele saiu, uma situação muito bem definida de caráter interno do conselho, então não é o caso comentar isso publicamente”, finalizou Hugo.