Com as atividades paralisadas desde o dia 19 de março, os jogadores do Atlético Goianiense receberam recomendações dos departamentos médico e físico do clube para amenizarem as perdas durante este período da pandemia do novo coronavírus. Enquanto o elenco busca se adaptar para continuar exercendo atividades físicas, a comissão técnica trabalha em outra esfera.

Técnico antes da pausa das competições esportivas, Eduardo Souza é um dos principais membros da comissão permanente do Dragão. Em entrevista à Sagres 730, ele destacou que juntamente com o auxiliar João Paulo Sanches, com o analista de desempenho Vitor Alves e o coordenador técnico Rafael Cotta, está estudando possíveis contratações e os times que irá enfrentar no decorrer do ano.

Eduardo Souza, técnico do Atlético-GO (Foto: Paulo Marcos/ACG)

“Neste primeiro momento procuramos monitorar o mercado, algo que o Atlético está sempre à frente; estamos analisando as indicações que nos chegam e principalmente o mercado sul-americano que está em evidência, o futebol brasileiro está saturado. Então nós dividimos em grupos para analisarmos atletas de outros países, analisarmos os jogos da nossa equipe, eu particularmente peguei para ver os times brasileiros como Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Santos, não só para ver os adversários que vamos enfrentar na sequência, mas também para tirarmos pontos positivos dessas equipes e desses treinadores para que a gente possa usar na nossa sequência de trabalho”, explicou.

Como destacou Eduardo, um dos focos da observação da comissão técnica do Atlético é o mercado estrangeiro. O time rubro-negro contratou neste primeiro semestre o boliviano Henry Vaca que pode abrir as portas para novos reforços vindos de países vizinhos ao Brasil na América do Sul.

“É um mercado (América do Sul) onde você consegue jogadores de qualidade com o poder aquisitivo menor. O futebol brasileiro inflaciona e a nossa briga com grandes clubes e que têm um poder aquisitivo maior por jogadores que se destacam é difícil, então não só o Atlético como também Goiás e Vila Nova têm olhado para esse mercado. A concorrência já está muito grande, então precisamos sair na frente. Estamos fazendo listas principalmente do Paraguai e do Equador que está passando um momento complicado e acreditamos que pode abrir para algum jogador, e a própria Argentina também. Hoje o mercado sul-americano atende bem o futebol brasileiro, e o Atlético não foge à essa regra e precisamos fazer essa triagem para caso aparecer uma oportunidade a gente já conheça o atleta”, analisou Eduardo.

Camisa 10 da Bolívia no torneio Pré-Olímpico, Vaca chegou ao Brasil e teve pouco tempo para treinar com seus companheiros. Dias depois de iniciar as atividades no CT do Dragão o futebol foi paralisado e o meio-campista só foi regularizado durante a suspensão das competições. Mesmo sem ter estreado com a camisa atleticana, Henry Vaca foi elogiado por Eduardo Souza.

henry vaca
Henry Vaca (Foto: Paulo Marcos/ACG)

“É um atleta que nós observamos no Pré-Olímpico e chamou muita atenção pela Seleção Boliviana que caiu no grupo do Brasil, jogou de igual para igual com a Seleção Brasileira e o Vaca foi quem mais se destacou. É um jogador com muita qualidade, meia canhoto que joga por dentro perto do centroavante e também faz o lado de campo, tem uma boa bola parada e um último passe bom. Na Bolívia o consideram um atleta com futuro muito promissor, como um dos destaques para a sequência do futebol boliviano. Essa vinda para o futebol brasileiro era um dos projetos não só dele, mas da Seleção Boliviana também, que queria colocar o atleta num mercado mais competitivo e acabou dando certo. Acredito que ele vai ajudar bastante nossa equipe na sequência e dar muita alegria para a torcida do Atlético”, destacou o treinador.