O técnico Sidney Moraes foi anunciado, de forma oficial como novo comandante do Vila Nova, no dia 5 de março, enquanto o time perdia para a Anapolina pelo terceiro turno da primeira fase do Goianão. Chegou com o rótulo de renovação, de inovação, de modernização do estilo de trabalho do clube e a esperança de um futuro melhor. De fato, dentro de campo, isso não aconteceu. Um novo time foi montado. As vitórias não vieram e ele se vai sem deixar saudades, exceto aos jogadores que indicou.

Nestes 60 dias a frente da equipe, Sidney Moraes venceu apenas uma partida, quando não valia nada, em seis jogos disputados. Eternamente será o técnico que rebaixou o Vila Nova (embora não tivesse nenhuma responsabilidade) e o que deixou o time na lanterna da tabela de classificação (nisso, ele tem a responsabilidade).

Entendo e reconheço a vontade do Roni, diretor de futebol, em manter o comando. O Vila Nova já sofreu demais nos últimos dez anos com sucessivas mudanças de técnico. Ainda na sexta-feira, sentia uma confiança muito grande no pacto entre ele e Sidney. A diretoria estava disposta a manter. Sidney não estava disposto a ficar e sabia que duas derrotas nas próximas rodadas fora de casa (resultado normal) praticamente selaria a demissão do treinador. Melhor que saia agora do que levar em “banho maria” por mais uma semana ou até a próxima proposta.

Embora seja uma pessoa de boa convivência, um típico “boleiro”, a filosofia de trabalho não se encaixou com a característica do Vila Nova. Mesmo com os elogios e o orgulho bradado por ele próprio após a derrota para o Icasa-CE, eu me assustei com um time que tem um toque de bola abaixo do esperado e se restringe a jogadas de longos lançamentos para que Evandro e Toscano resolvam. Almir está muito fora de forma, é um meia que ainda está sem força. Se sacrifica para ajudar o Vila, pula etapas e todos estão saindo perdendo.

Nos resta esperar quem será o novo treinador e qual será a filosofia para a sequência da temporada. 

 

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