Um dos objetivos da Missão da ONU é aumentar a participação de mulheres (ONU/Fardin Waezi)
A Missão da ONU no Afeganistão, Unama, saudou a marcação das eleições presidenciais no Afeganistão para 20 de abril do próximo ano.
Em nota, o representante especial do secretário-geral da ONU para o Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, disse que “o anúncio é um importante momento para a democracia” no país.
Recenseamento
Yamamoto pediu “que todas as partes cumpram os seus papéis para garantir que os prazos e condições sejam cumpridos para a realização de eleições credíveis”.
De acordo com os dados da Comissão Eleitoral, mais de 8,9 milhões de Afegãos, incluindo 3 milhões de mulheres, já estão recenseados para as eleições parlamentares e distritais que acontecem este ano.
A Unama acredita que “um processo de verificação destas bases de dados deve acontecer para evitar quaisquer irregularidades.”
Em nota, a Missão lembra que o seu papel é imparcial. Os seus funcionários apenas ajudam as autoridades na organização do escrutínio e no fortalecimento do processo.
A Unama afirma continuar “comprometida com as instituições afegãs enquanto implementam reformas que aumentam a transparência e a confiança, incluindo a participação das mulheres enquanto eleitoras e candidatas.”
Ataque
Em nota separada, a Organização Internacional para Migrações, OIM, informou que uma das suas funcionárias foi morta na terça-feira durante um ataque ao Departamento de Refugiados e Retornados em Jalalabade, no leste do Afeganistão.
O ataque causou a morte de 13 civis e feriu 20 pessoas, incluindo outro funcionário da OIM.
A vítima de 22 anos tinha perdido o seu marido numa explosão em Cabul em 2015. O casal tinha uma filha, de seis anos, que ficou órfã de mãe e pai.
A OIM diz que “a sua vida foi roubada enquanto trabalhava na causa nobre de assistir algumas das comunidades mais vulneráveis do Afeganistão.” A agência afirma que “não existe justificação para estes atos de terror”.
O diretor-geral da OIM, William Lacy Swing, condenou o ataque, dizendo que “este crime hediondo” é “uma perda para a agência da OIM, os seus parceiros e o Afeganistão.”
Tadamichi Yamamoto também mostrou a sua solidariedade, comprometendo-se a “duplicar o trabalho para servir o Afeganistão e o seu povo.”