Foto: Rosiane Braga/Portal 730

Nesta segunda-feira (3), o assunto destaque da Rádio 730 foi à saúde em Goiânia e em Goiás. Em entrevista a emissora os secretários municipal e estadual, Elias Rassi e Antônio Faleiros mencionaram a situação atual da saúde. Elias Rassi esteve ao estúdio da Rádio e disse que o Sistema Único de Saúde (SUS) vem passando por um processo de consolidação. Para ele, as dificuldades que aparecem no cotidiano representam muito mais uma crise de crescimento do que uma falência ou fracasso do SUS. “É possível perceber que avançamos muito, temos hoje somente na secretaria municipal de saúde, 12 mil funcionários, mais de 150 unidades de saúde e fazemos mais de 20 mil consultas médicas todos os dias”, explicou.

Ouça o debate na íntegra: {mp3}Debate_Elias_e_Faleiros{/mp3}

Sobre o relacionamento da secretaria municipal com o estado, Elias Rassi diz que associa uma das principais dificuldades do SUS, que é a falta de recursos financeiros. O secretario Antônio Faleiros, por telefone, respondeu a afirmação de Elias Rassi dizendo que discorda um pouco de sua consideração porque tem participado de reuniões do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e a queixa é a mesma, o estado travado. “A legislação que rege hoje os processos licitatórios ela tem que ser flexibilizada no caso de hospitais. Não adianta nós queremos fazer funcionar bem hospitais que são empresas extremamente complexas, com a rapidez que o atendimento de urgência e emergência exige”, esclareceu.

Antônio Faleiros ressaltou que o problema dele na secretaria não é dinheiro. “Os recursos estão sendo bem aplicados, os 12% estão sendo cumpridos, foram cumpridos o ano passado e este ano. Queremos investir mais, nós vamos modernizar cada vez mais o Estado. Criar as policlínicas que serão disseminadas em todo o Estado. Eu tenho certeza que a parceria com o município de Goiânia é extremamente saudável”, salientou. De acordo com ele, o único problema que tiveram foi o relacionamento econômico-financeiro, a onde existe um impasse que temos que resolver.

O secretário municipal declarou que os investimentos da prefeitura para a saúde giram em torno de 23 a 24%. “O Estado nas minhas avaliações e acompanhando a documentação do site da transparência do Estado, os documentos do Tribunal de Contas do estado de Goiás e o sistema de informações dos orçamentos públicos, o Estado vem aplicando em torno de 7,5%, ao que representa nos últimos dez anos uma subtração da ordem de R$ 10 bilhões da área da saúde É visível o esforço por parte do secretário Antônio Faleiros, mas no próprio site da transparência tem uma autorização de gasto de R$ 1,6 bilhões, mas os valores que foram efetivamente empenhado se aproxima de R$ 1 bilhão. Vai fechar o ano sem que consiga empenhar isso por maior que seja os esforços”, informou.

Em resposta ao questionamento de Elias Rassi, Antônio Faleiros salientou que tem a prestar conta o primeiro ano de administração, o ano de 2011, que foi aplicado 12,9%. “Isso consta na nossa prestação de contas aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado. Da mesma forma esse ano, os dois primeiros quadrimestres foram todos eles já regulares com 12%, esperamos agora o último quadrimestre que se encerra agora no dia 31 de dezembro”, retrucou. Faleiros explica que quem faz a gestão do serviço de saúde de Goiânia e de todos os municípios do Estado é o próprio município. “O município de Goiânia compra os serviços da rede particular, filantrópica e da rede do Estado. O município tem que pagar para o Estado e nos últimos anos o município não tem repassado o recurso”, informou. Sobre esta afirmação, Elias Rassi disse que eles têm profundas divergências em relação aos valores.